Durante gravação de programa para TV Noroeste em 2008 |
A cultura popular teve uma lamentável baixa no dia 18 de dezembro.
De falências múltiplas, morreu em Patos de Minas, onde estava hospitalizado,
Tião Queijeiro, um dos mais últimos piadistas da “velha guarda vazantina”.
Natural de Pântano,
distrito de Coromandel, Sebastião Joaquim Honorato “Tião queijeiro” mudou para
Patos de Minas quando tinha 16 anos e chegou para Vazante no dia 17 de outubro
de 1969 como comprador de queijos, profissão que exerceu por seis anos e por
isso seu cognome. Retornou uma vez para Pântano e depois morou novamente em
Patos de Minas e finalmente radicou-se em Vazante onde construiu várias casas
no meio rural e urbano, sendo o construtor das primeiras piscinas na cidade.
Porem foi como comerciante que Tião Queijeiro ficou mais conhecido.
Gostava de Política
e dizia que através de suas habilidades e m ciências ocultas conseguia
inclusive interferir nos processos eleitorais ajudando seus amigos candidatos
ou os que a ele recorriam. Em entrevista
ao programa “Pergunta e Resposta” gravado com Valmir Borges para a TV
Noroeste em 5 de junho de 2008, Tião se apresentou como “Tião curador”, “Tião
raizeiro” e até “Tião feiticeiro”, brincou ele. Tião, ficou famoso por trocar
farpas e pregar mentiras nos amigos afirmando que outro amigo havia morrido ou
que estava muito mal de saúde ou ainda muito endividado. No final tudo era
motivo de risos, pois não havia nenhuma maldade em tais atos. Assim como é
agora divulgar sua morte, uma verdade que gostaríamos, fosse uma grande
mentira.
Faltava o Técnico Lalau
Não é somente dele este privilégio, pois no céu já moram grandes
treinadores do futebol vazantino, como “Brandino”, Aldeiron Machado, “Beraldo”,
Moacir Wilson, Genilton ou Ronaldo do Mangueirão. Mas, se agora esta é a
tarefa, João Marques Ferreira – “João Lalau” irá escalar o “time da saudade”.
João Lalau (62) morreu tragicamente no dia 16/12 ao ser pisoteado por uma vaca
quando trabalhava em uma fazenda próxima à cidade de Vazante. Mas não desta história
queremos falar. Queremos lembrar o João do Pamplona, o João do Grêmio, o João
das equipes masculina e feminina do Serrano, sua maior paixão. Muito humilde,
Lalau que era pedreiro, tinha algo a mais como treinador, e dedicava quase que
por inteiro aos “boleiros” e foi (a Montanheza é prova) o maior correspondente
de uma equipe de futebol para a imprensa, motivando assim sua equipe.
Organizava o transporte, fazia jantar para os atletas, marcava campos de treino
e até lavar uniformes, porque amava o que fazia. Amava tanto o futebol que o
praticava em precários campos de terra, quando estes existiam no bairro Serra
Dourada. Concluía ele: “Time amador é no sacrifício. Sem patrocinador, sem
estrutura, sem dinheiro, sem campo para treinar. Nossos times treinam é
jogando”, enfatizava.
Com a habilidade de
mestre, João Marques aprendeu e ensinou que a “Lei do mais fraco” funciona no
futebol, pois somente com a Associação Atlética Serrano ganhou três edições da
Liga Desportiva de Vazante – LDV, mérito de poucos.
Sendo então ele o
“Pai da Matéria”, acredito estar hoje, livre das provações materiais, envolvido
em com sua maior paixão, já no campo celestial. Ali certamente já está
escalando um time que também recentemente nos deixou para outra dimensão. São
muitos os nomes e certamente esquecerei alguns, mas acredito que ele não. Seria
esta a seleção: Goleiro: Alan Araújo; Zagueiros: João Marreta e Terrinha;
Laterais: Jean e Régis Meleta; Meio campistas: Dezinho Vida, Nem e Branco;
Atacantes: Marcelo do Nadi, Ari da Carolina e Wanderley Corisco. Suplentes:
Tiziu, Jason, Betão Morcego, Dudu Cabeção, Geraldinho Parente.
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