quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Lula: "todos ganham com a ascensão dos humildes"


Num vídeo postado na noite de terça-feira (28), o ex-presidente Lula afirma que o povo brasileiro foi sábio e deu uma lição ao País; Lula fez também um manifesto contra o ódio e o preconceito; "A miséria absoluta acabou, as pessoas ganharam cidadania e quem mais ganhou com isso? Ganhou a classe média, ganharam as empresas", disse ele; "Mais generosidade e menos preconceito vai fazer um bem imenso ao País"; "Faço um convite a você que tem preconceito: abra seu coração, abra sua alma e dê uma chance a quem tem menos"; Lula já é pré-candidato à presidência em 2018.


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Reeleita, Dilma clama por paz, união e mudanças


Aos gritos de olê, olê, olá, Dilma foi recebida por militante do PT em São Paulo. Seu primeiro agradecimento foi ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, ao vice Michel Temer e a sua esposa Marcela. Depois, vieram os presidentes dos partidos que a apoiam, começando por Rui Falcão, do PT.
Eis trechos de sua fala: "Chegamos ao final de uma disputa que mobilizou todas as forças dessa Nação. Tenho palavras de agradecimento e conclamação. Agradeço a meu vice e aos partidos que sustentaram nossa aliança. Agradeço a cada um e a cada uma dos integrantes dessa militância combativa, que foi a alma e a força dessa vitória. E agradeço a todos os brasileiros e brasileiras. 
Agradeço, do fundo do mundo do meu coração, ao militante número 1 das causas do povo brasileiro: o presidente Lula. Conclamo a todos os brasileiros e brasileiras a nos unirmos. Não acredito que essas eleições tenham dividido o Brasil ao meio. Entendo que elas mobilizaram emoções contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca de um futuro melhor.
Em lugar de ampliar divergências, creio que é hora de construção de pontes. O calor liberado no fragor da disputa pode ser transformado em energia construtiva de um novo momento no Brasil. Em alguns momentos da história, resultados apertados produziram mudanças mais rápidas e mais amplas. Essa é minha esperança. Aliás, é minha certeza. Esta presidenta aqui está disposta ao diálogo e este é meu primeiro compromisso neste segundo mandato. Toda eleição é uma forma de mudança. Principalmente para nós, que vivemos numa das maiores democracias do mundo.
Quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora. Quero ser uma pessoa ainda melhor do que tenho me esforçado por ser. A palavra mais dita foi mudança. O tema mais amplamente invocado foi reforma. Estou sendo reconduzida à presidência para realizar as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige. Estou pronta a responder a essa convocação. Sei do poder que cada presidente tem de liderar as grandes causas populares. E eu o farei."
Em seguida, Dilma defendeu o plebiscito pela reforma política. "Quero discutir esse tema profundamente com o novo Congresso Nacional e com toda a sociedade brasileira".
Com as urnas apuradas, a presidente Dilma Rousseff teve 51,6% e Aécio Neves 48,4%. Ela venceu no Norte, no Nordeste, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e perdeu em São Paulo. 
O resultado é muito semelhante ao da pesquisa Datafolha, que apontou vitória de Dilma por 52% a 48%.
Com a vitória, o Partido dos Trabalhadores, que foi criado em 1980, terá um ciclo de 16 anos no poder.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil: 
Luana Lourenço e Sabrina Craide – Repórteres da Agência Brasil
Com 97,62% das urnas apuradas, a atual presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), tem 51,38% dos votos válidos e está matematicamente reeleita para o cargo. O candidato Aécio Neves (PSDB) tem 48,62% dos votos válidos até o momento.
Mineira de Belo Horizonte, Dilma Rousseff, tem 66 anos, é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem uma filha e um neto. Foi reeleita hoje (26), junto com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), com o apoio da coligação formada por PT, PMDB, PDT, PCdoB, PR, PP, PRB, PROS e PSD. No primeiro turno, Dilma ficou em primeiro lugar, com 43.267.668 votos (41,59% dos votos válidos).
Filha de um imigrante búlgaro e de uma professora do interior do Rio de Janeiro, Dilma viveu em Belo Horizonte, capital mineira, até 1970, onde integrou organizações de esquerda, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi presa em 1970 pela ditadura militar e passou quase três anos no Presídio Tiradentes, na capital paulista, onde foi torturada.
Em 1973, mudou-se para Porto Alegre, onde construiu sua carreira política. Na capital gaúcha, Dilma dedicou-se à campanha pela anistia, no fim do regime militar, e ajudou a fundar o PDT no estado. Em 1986, assumiu seu primeiro cargo político, o comando da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre, convidada pelo então prefeito Alceu Collares.
Com a redemocratização, Dilma participou da campanha de Leonel Brizola à Presidência da República em 1989. No segundo turno, apoiou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 1993, Dilma assumiu a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, cargo que ocupou nos governos de Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).
Em 2000, Dilma filiou-se ao PT e, em 2002, foi convidada a compor a equipe de transição entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Quando Lula assumiu, em janeiro de 2003, Dilma foi nomeada ministra de Minas e Energia, onde comandou a reformulação do marco regulatório do setor. Em 2005, ainda no primeiro governo Lula, Dilma assumiu a chefia da Casa Civil, responsável até então por projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida.
Dilma deixou a Casa Civil em abril de 2010 e, em junho do mesmo ano, teve sua candidatura à Presidência da República oficializada. Venceu sua primeira eleição no segundo turno, contra o candidato do PSDB, José Serra, com mais de 56 milhões de votos.
Em um governo de continuidade, Dilma manteve e ampliou programas sociais da gestão Lula e implantou iniciativas que levaram à redução da pobreza, da fome e da desigualdade. Criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ampliou programas de empreendedorismo. Também implantou um programa de concessões para obras de infraestrutura e logística, muitas ligadas à realização da Copa do Mundo. Em um governo marcado por episódios de corrupção, Dilma chegou a demitir seis ministros em dez meses, em 2011. A presidenta reeleita também enfrentou problemas com a economia, com queda no ritmo do crescimento do país e avanço da inflação.
Leia, ainda, reportagem da Reuters:
SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo em uma disputa marcada por reviravoltas e que teve o resultado mais apertado desde a redemocratização, indicando os desafios que ela terá para unir um Brasil que se mostrou dividido nas urnas.
A vitória de Dilma, primeira mulher na Presidência da República, veio principalmente com votos obtidos no Norte e Nordeste, regiões mais pobres do país e onde programas sociais como o Bolsa Família têm ajudado a melhorar a vida de dezenas de milhões de pessoas.
A petista, que garantiu ao seu partido o quarto mandato consecutivo no governo central, terá grandes desafios pela frente, como retomar o crescimento econômico, controlar mais efetivamente a inflação e reconquistar a confiança de empresários e investidores.
Seu governo precisará também dar respostas à sociedade sobre a suposta corrupção na Petrobras e que teria o envolvimento de partidos e políticos da base aliada do governo, que veio à tona durante a campanha e virou tema de embate, porém sem força para mudar de forma significativa o voto de eleitores.
Após 98 por cento da apuração, Dilma tinha 51,45 por cento dos votos válidos, contra 48,55 por cento de Aécio, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Restando 1,87 por cento dos votos a serem apurados, é impossível matematicamente para o tucano alcançar a petista.
Dilma tinha 53,3 milhões de votos e Aécio aparecia com 50,3 milhões. Ainda faltavam 2,7 milhões de votos a serem apurados.
A última parcial do TSE apontava para um resultado final agora mais estreito em termos percentuais do que foi a vitória de Fernando Collor de Mello (PRN) contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva em 1989, quando o primeiro foi eleito com 53,03 por cento dos votos válidos.
A eleição deste ano foi marcada pela imprevisibilidade, com Dilma tendo visto sua chance de reeleição ameaçada por dois candidatos diferentes ao longo da campanha, primeiro por Marina Silva (PSB), terceira colocada na votação de 5 de outubro, e depois por Aécio.
A trágica morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo em 13 de agosto alçou sua vice na chapa ao topo da corrida presidencial. Marina chegou a abrir 10 pontos de vantagem sobre Dilma em simulação de segundo turno. A ex-senadora e ambientalista, contudo, viu aos poucos suas intenções de voto cederem, em meio aos ataques de seus adversários.
Aécio teve uma votação no primeiro turno bastante acima do que apontavam as pesquisas e apareceu numericamente à frente de Dilma nos primeiros levantamentos do segundo turno, em empate dentro da margem de erro. Mas logo a presidente voltou a aparecer na frente, o que persistiu até a véspera da votação deste domingo.
Além de viradas dramáticas, a disputa deste ano ficará marcada pelos incansáveis ataques entre os principais candidatos e pela crescente radicalização na polarização PT x PSDB, que domina a corrida presidencial há 20 anos.


domingo, 26 de outubro de 2014

Veja zomba da lei e só a cumpre parcialmente


Revista da Abril, que cometeu um crime eleitoral e perpetrou um atentado contra a democracia brasileira, publicou direito de resposta determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas não com o mesmo destaque da notícia anterior; reparação foi apenas parcial e está publicada ao lado da mesma capa em que a presidente Dilma Rousseff é acusada sem provas, como admite a própria revista; no site de Veja, deveria constar a capa da imagem acima, o que não foi feito pela Editora Abril; crime contra a democracia permanece sem o devido castigo; Veja ainda publicou texto em que desqualifica o ministro Admar Gonzaga, responsável pela decisão; "O ministro Admar Gonzaga decidiu-se pela concessão do Direito de Resposta depois de examinar o pedido da coligação da candidata Dilma Rousseff por duas horas, tempo em que também redigiu as nove laudas de seu despacho — ao ritmo de 13 minutos por lauda", diz a resposta da Abril.

sábado, 25 de outubro de 2014

Dilma nocauteou Aécio já no primeiro assalto

Em uma luta em que precisava de apenas um empate, a presidente Dilma Rousseff saiu vitoriosa e seu adversário nocauteado já no primeiro assalto. É o que afirma o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do Jornal Brasil 247 em Brasília, em análise sobre o debate da noite desta sexta-feira na Rede Globo.
"O debate de ontem terminou na primeira pergunta. Aécio Neves tentou usar a última edição da VEJA para colocar Dilma contra a parede. A presidente deu uma resposta a altura, desqualificando uma denúncia que nem seu autor — nem a revista que a publicou — conseguem sustentar com base em provas. Foi uma colocação firme, sem piscar.
O debate terminou aí porque, como se sabe, o último debate de uma campanha envolve uma questão essencial. Quem está na liderança das pesquisas joga na defesa e pode ganhar mesmo que empatar. Quem está atrás precisa tentar virar o jogo de qualquer maneira, mas isso só se consegue quando o interlocutor oferece brechas e oportunidades.
Num confronto que tem algo de uma luta de boxe, é preciso encaixar golpes no rival — uma forma de mostrar ao juri de eleitores, indecisos e pouco firmes, que ele tem pontos fracos que precisam ser levados em consideração. Mas a presidente atuou como se estivesse protegida por uma couraça. Quando a primeira revista não deu certo, Aécio falou de uma reportagem da Istoé".

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Datafolha e Ibope: Dilma dispara



Pesquisas que acabam de ser divulgadas pelos maiores institutos apontam candidata do PT à reeleição à frente do postulante do PSDB além da margem de erro pela primeira vez no segundo turno; na Datafolha, Dilma Rousseff marca 53% dos votos válidos, contra 47% para Aécio Neves, uma vantagem de seis pontos; Ibope tem placar de 54% a 46%, diferença de oito pontos; PT avança na reta final e desestabiliza tucanos.

FHC admite: “O PT ajudou mais o Nordeste”


Ex-presidente Fernando Henrique reconheceu, nesta quinta-feira, os avanços promovidos pelo PT nos últimos 12 anos e disse que as gestões de Dilma e Lula fizeram mais pelo Nordeste do que a sua; "Não tenho dúvidas que o governo do PT ajudou mais o Nordeste. Eles foram beneficiados pela conjuntura favorável e ampliaram os programas sociais", afirmou, em entrevista à Rádio Jornal do Recife; segundo ele, "o Brasil está progredindo" e por isso não seria necessário "ficar denegrindo o passado para exaltar o que foi feito depois"; questionado sobre a crise hídrica em São Paulo, onde vive, FHC disse não sofrer com o problema; “Nesse momento tem. Como é prédio, sempre guarda água. Eu nunca sofri falta de água”, disse

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Vox Populi: Dilma bate Aécio em Minas: 44% a 41%

A presidente Dilma Rousseff (PT) lidera as intenções de voto no reduto eleitoral do seu adversário Aécio Neves (PSDB). De acordo com pesquisa Vox Populi, a petista alcança 44% do eleitorado mineiro contra 41% do tucano, que governou o estado de 2003 a 2010. A estatística é referente à votação estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos. No primeiro turno da eleição, Dilma também venceu Aécio em Minas por 43% dos votos válidos contra 39% do senador. O estado é o segundo maior colégio eleitoral do País e será decisivo na votação deste segundo turno. Conforme o levantamento, Dilma vence por 50% a 35% entre os eleitores mineiros com renda de até dois salários mínimos. Na faixa entre dois até cinco salários mínimos, o tucano vence a petista por 43% a 42%. Aécio também alcança mais votos entre os mineiros com renda superior a cinco salários mínimos (52% a 35%).
Avaliação do governo - De acordo com o levantamento, 8% dos entrevistados consideram "ótimo" o governo da presidente Dilma. Os eleitores que acham regular somam 34%; ruim/péssimo, 36%, e não sabem/não responderam, 2%. A pesquisa foi realizada com 1.600 eleitores, em 91 municípios mineiros, no dias 19 e 20 deste mês. O levantamento tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos e foi protocolado na Justiça Eleitoral sob o número BR-001150/2014. O nível de confiança é de 95%.

Jovem Aécio: “eu nunca fiz minha própria cama”



Com 17 anos, Aécio Neves passou uma temporada em um lugarejo de Nova Jersey, nos EUA, onde virou atração e deu entrevista ao jornal Franklin-News; segundo relato de Paulo Moreira Leite no 247, Aécio disse ao repórter "que a vida das mulheres é fácil no Brasil" e que elas não tinham "necessidade financeira de trabalhar", podendo "passar a maior parte de seu tempo na praia ou fazendo compras"; o hoje candidato relatou ainda que "todo mundo tem uma empregada ou duas" por aqui; e contou outra novidade: "nunca fiz minha própria cama"; Aécio lamentou estar fora do País no Carnaval (fevereiro de 1977), segundo ele, "a única época em que a classe baixa e a classe alta se reúnem".

Nova Pesquisa DataFolha: Dilma 52% Aécio 48%


Divulgada há pouco, a nova pesquisa do Instituto Datafolha mostrou praticamente os mesmos números do levantamento anterior, publicado na segunda-feira. Na mais recente leitura, Dilma Rousseff, candidata à presidência aparece com 52% dos votos válidos, enquanto seu adversário, Aécio Neves, presidenciável do PSDB, detém apoio de 48% do eleitorado. Neste contexto, permanece o empate técnico entre os dois candidatos considerando o limite máximo da margem de erro, de 2 pontos porcentuais. Se considerados os votos totais, os números mudaram ligeiramente, com Dilma subindo para 47%, de 46% na pesquisa anterior, e Aécio mantendo 43% das intenções de voto. Já os votos brancos e nulos oscilaram de 5% para 6%, enquanto os indecisos caíram de 6% para 4%. Entre os eleitores da petista, 82% acreditam que ela vencerá a disputa presidencial. O eleitorado do tucano é um pouco menos otimista, com 78% achando que ele será eleito nas urnas.
Dilma cresce entre mulheres e no Sudeste
A intenção de voto da candidata à reeleição entre as mulheres aumentou para 47%, ante 42% apontado no levantamento realizado no dia 9 de outubro. No mesmo contexto, o índice da petista na região Sudeste subiu para 40%, de 34%. Entre os eleitores que recebem entre dois e cinco salários mínimos, o porcentual da candidata do PT avançou para 45%, de 39% apontado no dia 15 de outubro. Contratada pelo jornal Folha de S. Paulo, a pesquisa Datafolha ouviu 4.355 eleitores nesta terça-feira, em 256 municípios de todo o país. O nível de confiança do levantamento é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01160/2014.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Dilma virou. Aécio ainda tem tempo para vira-vira


Com campo realizado nesta própria segunda 20 em que foi divulgada, a pesquisa Datafolha pegou, no quente, o impacto no eleitorado nas cenas de pugilato político entre a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves nos dois debates presidenciais mais recentes. Em ambos, a petista e o tucano trocaram tanto chumbo quanto puderam. O levantamento também foi feito após uma semana de ataques do PT à figura do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, nomeado pelo candidato para o futuro Ministério da Fazenda. Tanto quanto, apurou como chegou ao público a estratégia de desconstrução executada diretamente contra Aécio. Do teste não realizado do bafômetro a não aplicação de verbas constitucionais mínimas no setor de Saúde de Minas Gerais, o armário de munição dos petistas foi aberto contra ele. Em sua defesa, o tucano, sem pestanejar, acusou Dilma, bem mais de uma vez, de "mentirosa" e "leviana", olhos nos olhos da presidente, em rede nacional no debate do SBT. Dos detalhes ao quadro mais geral, tudo o Datafolha procurou captar na pesquisa feita e divulgada hoje – e deu Dilma. O quadro de empate técnico, traçado tanto na diferença de 46% das intenções de voto para Dilma contra 43% a favor de Aécio e, especialmente, na projeção dos votos válidos, na qual a presidente abre quatro pontos sobre o senador, é diferente agora. Na semana passada, a pesquisa foi uma repetição, em todos os seus grandes números, da apuração anterior, do mesmo Datafolha. Desta vez, a estabilidade foi trocada por uma virada de Dilma, na mesma metodologia do levantamento anterior. 
DESCONSTRUÇÃO FUNCIONOU - Numa retomada que só pode ser atribuída em partes iguais ao trabalho de desconstrução de Aécio como da melhor apresentação dos resultados do governo no horário político, Dilma sai fortalecida. A presidente galgou três pontos sobre seu resultado anterior, e viu seu adversário perder dois. Na conta dos votos válidos, a candidata à reeleição ficou a apenas um ponto de abrir cinco de diferença, superando o quadro, ainda existente, de empate técnico.
O Datafolha aprofundou na campanha tucana a surpresa ocorrida diante, horas mais cedo, da pesquisa CNT/MDA. Nela, com 50,5% contra 49,5% para Aécio, Dilma foi vista na frente pela primeira no segundo turno. Após a pesquisa do Datafolha veio a sondagem do Vox Populi confirmando os números, reforçando a dianteira de Dilma. A novidade foi tão inesperada pelo comando do PSDB que, no horário político desta mesma segunda 20, o programa de Aécio Neves foi aberto com os números do Datafolha da semana passada. O ator que representa o eleitor de Aécio agradeceu o apoio dado a ele. Pelos mesmos motivos, caberá, agora, reconhecer o espaço perdido para a concorrente.

APOIOS DE FORÇA RELATIVA - Outra apuração significativa do Datafolha é sobre os efeitos, pró-Aécio, da série de apoios políticos que ele recebeu. Do PPS de Roberto Freire a Zezé de Camargo e Luciano, na estratégia de apostar em artistas para angariais simpatia popular, Aécio conseguiu, por seus méritos de articulador, juntar simplesmente todos os que são contra o PT. Vieram o PV, o PSC, o PSOL ficou no muro e Marina Silva desceu dele, com cabelos soltos e imagem jovial recuperada. A julgar pela frieza da pesquisa, isso não foi suficiente para fazer Aécio manter sua posição anterior, quanto mais para abrir frente. A correção de rota, para voltar a deter o favoritismo, tem dois balizadores. Um deles é o tempo. Faltando seis dias para a eleição, com apenas mais um debate pela frente e três programas eleitorais, Aécio têm um espaço importante, mas ao mesmo tempo exíguo, para dar sua volta por cima. A repetição de que a presidente está assacando 'mentiras' e sendo 'leviana' contra ele pode não dar resultado esperado. Até aqui, ao menos, não deu. Apesar de colunistas da mídia tradicional terem visto um nocaute de Dilma, sobre os murros de Aécio, no debate do SBT, o grande público parece ter visto diferente. Sem buscar essa posição, até porque também estava na ofensiva, a presidente pode ter sido vitimizada – e obtido a solidariedade feminina. Ao mesmo tempo, o ex-presidente Lula se encarregou de trazer à pauta questões como o teste do bafômetro que o candidato tucano se recusou a fazer no Rio de Janeiro, durante uma blitz em 2011, e baixou a sapata, em discurso em Minas Gerais, chamando-o de 'filhinho de papai' e 'vingativo'. Segundo o Datafolha, os dados todos desse caldeirão resultado, neste momento, em vantagem, pequena mas com viés de alta, para a presidente Dilma Rousseff. Significa que, em tese, a estratégia que o PT vem empregado – goste-se dela ou não – está dando os resultados pretendidos. Quem tem de se mover para fazer do vira um vira-vira é o adversário.

Vox confirma Datafolha: Dilma tem 52% e Aécio 48%



A pesquisa do Instituto Vox Populi, encomendada pela TV Record, Record News e R7, divulgada nesta segunda-feira (20) indica que a presidente Dilma Rousseff (PT) permanece numericamente à frente do senador Aécio Neves (PSDB) na corrida à Presidência da República, mas o cenário ainda é de empate técnico entre os candidatos. Os números são semelhantes aos que foram divulgados pelo Datafolha mais cedo (aqui no Blog do Jornal DeFato). Dilma aparece com 46% das intenções de voto totais e Aécio registra 43% da preferência do eleitorado. Em relação à semana passada, os dois candidatos oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa — de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. No último levantamento Vox Populi, Dilma registrou 45% e Aécio somou 44%. A pesquisa divulgada hoje aponta que brancos e nulos são 5%, e eleitores indecisos somam 5%. Considerando apenas os votos válidos, ou seja, descontando-se brancos, nulos e eleitores indecisos, Dilma aparece com 52% enquanto o tucano soma 48%. É com esses números que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) chega ao vencedor da eleição. Também há empate técnico. Por região - O Vox Populi fez a divisão das intenções de voto totais por região do País. Dilma vence no Norte, Centro-Oeste e Nordeste, enquanto Aécio tem melhor desempenho no Sul e no Sudeste. No Centro-Oeste/Norte, Dilma tem 50% das intenções de voto contra 42% do tucano — brancos e nulos são 5% e indecisos, 3%. No Nordeste, Dilma também vai melhor: tem 66% das intenções de voto contra 26% do tucano — brancos e nulos são 3% e indecisos somam 4%. No Sudeste, onde está o maior colégio eleitoral do País (São Paulo, com mais de 22% dos eleitores brasileiros), Aécio tem 50% das intenções de voto contra 34% da petista. Brancos e nulos são 8%, enquanto 1% não pretende votar e 5% não sabem ou não responderam. No Sul, de novo, Aécio tem melhor desempenho. O tucano tem 56% da preferência do eleitorado, contra 34% da presidente. Brancos e nulos são 2%, e indecisos somam 8%. Desempenho de Dilma - A pesquisa também quis saber dos eleitores as impressões sobre a presidente Dilma Rousseff. Para 43% dos entrevistados, a forma de governar de Dilma é “ótima” ou “boa”. Outros 36% julgam “regular” o desempenho da presidente. Os eleitores que consideram a forma de administrar o País “ruim” ou “péssima” são 21%. Por fim, 1% não sabe ou não respondeu. A pesquisa ouviu 2.000 eleitores entre o último sábado (18) e domingo (19) em 147 cidades do País. O levantamento, que tem nível de confiança de 95%, foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01136/2014.

Datafolha: Dilma tem 46% e Aécio 43%


Foi divulgada, nesta segunda-feira, a nova pesquisa Datafolha sobre sucessão presidencial. Agora, a presidente Dilma Rousseff aparece numericamente à frente, com 46% das intenções de voto (subiu 3 pontos), contra 43% do tucano Aécio Neves (caiu 2 pontos). No levantamento anterior, Aécio tinha 45% das intenções de voto e Dilma aparecia com 43%. Nos válidos, Dilma tem 52% contra 48% de Aécio. Na contagem de votos válidos na pesquisa anterior, o tucanotinha 51% contra 49% da petista. A aprovação ao governo subiu para 42% (subida de 2 pontos). Os que consideram regular são 37% (variou 1 ponto para baixo). Os que desaprovam são 20% (reduziu 1 ponto). O Datafolha também perguntou, entre os dois candidatos, em quem os eleitores votariam com certeza, em quem talvez votassem e em qual não votariam de jeito nenhum.
Veja os números:
Dilma
45% - votariam com certeza
15% - talvez votassem
39% - não votariam de jeito nenhum
1% - não sabe

Aécio
41% - votariam com certeza
18% - talvez votassem
40% - não votariam de jeito nenhum
2% - não sabem

No primeiro turno, Dilma teve 41,59% dos votos válidos e Aécio, 33,55%

O Datafolha ouviu 4.389 eleitores no dias 20 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01140/2014.

MP aciona minas e questiona gastos de Aécio com saúde



O Ministério Público do Estado de Minas Gerais protocolou na sexta-feira (17) ação contra o governo estadual por uma suposta fraude orçamentária nos gastos na área de saúde entre os anos de 2003 e 2010, época em que o Estado era governado pelo atual senador e candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB). Segundo a ação, o governo promoveu uma maquiagemnas contas da área inserindo R$ 1,3 bilhão em recursos da empresa estatal de saneamento, Copasa, para que fosse atingido o percentual constitucional de 12% a ser investido na área. A ação, segundo informa o jornal Folha de S. Paulo, foi proposta por três promotores e pede o ressarcimento aos cofres públicos do montante desviado. Em outra ação que tramita na Justiça mineira, o MP pede o ressarcimento deoutros R$ 4,3 bilhões que deveriam ter sido investidos na saúde entre 2003 e 2008. Somados, os valores se aproximam dos R$ 7,7 bilhões que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem dito na campanha que deixaram de ser investidos na saúde nas gestões de Aécio. A promotora da área da Saúde do MP de Minas Gerais, Josely Ramos, já havia proposto, também em 2010, uma ação de improbidade administrativa contra Aécio, alegando que entre 2003 e 2008 mais de 50% dos investimentos da saúde provinham de iniciativa da Copasa. A acusação se baseia no fato de que o governo teria inserido investimentos em saneamento básico como gastos na saúde. Uma auditoria revelou, no entanto, que a estatal não recebeu verbas do Estado para a saúde. A própria estatal teria reconhecido, segundo a ação. A ação de improbidade contra Aécio, porém, foi arquivada pelo procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, André Bittencourt, sob alegação de que Josely não teria legitimidade para processar um governador, atribuição dele. A promotora recorreu alegando que, no segundo semestre de 2010, Aécio havia deixado o governo, desincompatibilizando-se para disputar o Senado. 

CNT/MDA aponta Dilma à frente de Aécio


Pesquisa CNT/MDA divulgada na manhã desta segunda-feira 20 confirma o empate técnico apontado nas mostras Datafolha e Ibope da semana passada, mas com a presidente Dilma Rousseff (PT) numericamente à frente de Aécio Neves (PSDB). A candidata à reeleição registrou 50,5% dos votos válidos, contra 49,5% do candidato tucano. Esta foi a primeira pesquisa do instituto MDA no segundo turno, portanto não há cenário de comparação com levantamentos anteriores. Contabilizando os votos gerais, com brancos e nulos, a vantagem da petista é mesma: 45,5% das intenções de voto a Dilma, ante 44,5% a Aécio Neves. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. O instituto MDA realizou 2.002 entrevistas em 137 municípios de 25 estados no sábado 18 e no domingo 19, portanto antes do terceiro debate presidencial, exibido pela TV Record na noite deste domingo. As pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas na semana passada apontaram resultados idênticos entre elas, com empate técnico entre Aécio (51%) e Dilma (49%), mas com Aécio dois pontos à frente. O Datafolha divulga um novo levantamento nesta segunda-feira 20, às 18h no site da Folha de S. Paulo.


Economistas veem PIB crescendo 0,27% neste ano


Economistas de instituições financeiras fizeram poucas alterações em suas projeções sobre a economia brasileira, voltando a reduzir ligeiramente a perspectiva de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, segundo a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira. Com a atividade dando sinais recorrentes de fragilidade, os analista consultados veem o PIB crescendo 0,27 por cento em 2014, contra 0,28 por cento na semana anterior, quando haviam interrompido 19 semanas seguidas de queda nas contas. Para 2015, a projeção de expansão foi mantida em 1,0 por cento. A economia brasileira é um tema de destaque na disputa presidencial entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Depois de o país ter entrado em recessão técnica no primeiro semestre e em meio ao cenário de inflação elevada, os eleitores irão às urnas neste domingo para o segundo turno da eleição presidencial. Em relação à alta do IPCA, a perspectiva para este ano permaneceu em 6,45 e para 2015, em 6,30 por cento, mostrou ainda o Focus. A meta do governo é de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Depois de o IPCA ter chegado em 12 meses a 6,75 por cento em setembro, o mercado aguarda agora a divulgação na terça-feira dos números de outubro do IPCA-15. Os analistas consultados também mantiveram as projeções para a Selic a 11 por cento neste ano e a 11,88 por cento em 2015.


Aécio perde batalha da verdade

Insistência do tucano em chamar de "mentiras" fatos incontestáveis derrete sua própria credibilidade
A frase atribuída ao nazista Joseph Goebbels -uma mentira repetida mil vezes se transforma em verdade- tem sido a resposta preferida do candidato Aécio Neves e sua equipe diante de críticas. O problema é quando a verdade, repetida mil vezes, continua sendo verdade, sem contraponto ou contraditório capaz de desmenti-la. O candidato tucano construiu uma pista de pouso em propriedade familiar. A chave da mordomia ficava na mão de parentes, os quais, aliás, ele empregou aos montes. Tudo documentado. Nenhum estudo, mesmo fabricado às pressas, provou a necessidade da obra. Isso não é uma questão íntima. É dinheiro público queimado para fins pessoais. Existe uma ação em curso, por improbidade administrativa. É um fato, não depoimento selecionado de delação desesperada, desculpe, premiada. O governo de Minas destinou uma gorda fatia de publicidade para empresas de telecomunicações dos Neves. Nem o candidato nega. É deselegante perguntar como o rapaz lida quando se encontram o público e o privado? Cabe aos brasileiros descobrir o montante, pois envolve gente disputando a Presidência. "Não registramos quanto foi gasto", respondem o tucano e seu staff. Documentos do Tribunal de Contas de Minas Gerais apontavam suspeitas de irregularidades no governo do atual senador. A capivara foi citada durante um dos debates. Horas depois, a papelada desapareceu do site oficial do tribunal, uma instância pública (!). Tomou Doril. Sumiu. E nada se faz a respeito. O drible no bafômetro e outros momentos pouco edificantes da rotina noturna do senador estão fartamente documentados na internet e imprensa escrita. Não são montagem, assim como não é falso o stand-up daquele artista de fim de noite que relacionou Maradona e Aécio quanto ao consumo de drogas. Hoje o mesmo personagem posa de aecista desde criancinha. Mas nunca desmentiu a performance. Balela a história de que trazer a público tudo isso é baixaria etc, etc. Isso é falta de argumento de quem não tem resposta. Pense bem: quantas vezes já não deparamos com indivíduos brilhantes (o que não é propriamente o caso...), mas com uma trajetória errática, que seríamos incapazes de indicar para uma função, mesmo menor, numa empresa? Não há nisso preconceito nenhum; somente o desejo de saber qual é a pessoa certa para o lugar certo. "Ah, mas e os programas, as propostas?", indagam os puritanos habituais. Bem, todos conhecem o que pensam tanto Dilma quanto Aécio e seu braço direito, Armínio Fraga. A primeira pelo que ela e seu partido fizeram nos últimos tempos no Planalto. Aécio, pelo que ele e sua equipe revelam em entrevistas e jantares. Coisas como corte de gastos sociais, esvaziamento de bancos públicos, encolhimento de salários, facão nas empresas, tarifaço, mudança nas leis trabalhistas e por aí vai. As tais medidas impopulares. Para ele, sem isto o Brasil vai piorar. Acredite quem quiser. Com a campanha perto do fim, supostas regras de etiqueta surgem para esconder o essencial. Cortina de fumaça. Estão em jogo a vida e o futuro de milhões de pessoas. Elas têm todo o direito de conhecer quem pretende ocupar o cargo mais alto da República. Pesquisas são só pesquisas. A depender delas, o PT não teria ganho no primeiro turno na Bahia e em Minas Gerais, Aécio não teria os votos obtidos em São Paulo, e o PMDB estaria fora do segundo turno no Rio Grande do Sul. A questão não é satanizar institutos. É dar aos seus levantamentos o peso que merecem. Mais do que nunca, o primeiro turno mostrou que a palavra final é do eleitor, não de pesquisados. Da mesma forma que é patética a tática de carimbar como mentiras verdades inapagáveis, registradas em vídeo, áudio e folhas de papel.

Lula diz que Aécio age como "filhinho de papai"


Os embates entre a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff e o adversário Aécio Neves (PSDB) continuam repercutindo e dando margens para novos confrontos. Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Aécio é "grosseiro" e possui "comportamento de filhinho de papai". As críticas de Lula ao adversário tucano foram feitas neste sábado, em Belo Horizonte (MG), quando ele participava de um ato de campanha ao lado da presidente Dilma. "Nunca vi um cidadão faltar com respeito com uma presidente como faz nosso opositor. Eu não tinha coragem de ser grosseiro contra o Collor. Isso é comportamento de um filhinho de papai. Não sei se ele teria coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse homem. Não é só porque Dilma é mulher, mas porque ela é presidente desse País", disparou. Lula afirmou, ainda, que Aécio às vezes age como um "fidalgo" e criticou o tucano pelo desrespeito não apenas contra a presidente, mas também contra a população mais pobre. "Se ele trata a presidente desse jeito, imagina se ele encontrar uma pessoa na faixa, ou um catador. Isso é muito grave, porque as pessoas se acham no direito de desrespeitar o outro e depois se fazer de vítima. E é mais um motivo, uma razão para elegermos Dilma", disse. Lula também condenou o fato de Aécio ter se recusado a fazer o teste do bafômetro quando foi parado em uma blitz da Operação Lei Seca. "Bafômetro não é medir carteira de motorista ou não. Bafômetro cheira álcool", disse. Ao longo do seu discurso, Lula relembrou eleições passadas e disse que, muitas vezes, os eleitores brasileiros cometem equívocos, como os da eleição de "1989". "Esse País muitas vezes comete equívoco. Em 1989, o País estava com medo de mim, mas também de Ulysses Guimarães, do Brizola, Mario Covas. E esse medo era muitas vezes instigado pela imprensa. E no fim, o povo escolheu Collor, presidente da República, dizendo que era o novo. E vocês sabem o que aconteceu. Eu era muito radical na época, nem a barba aparava, fiquei ofendido, mas ficar com medo de Ulysses, Brizola, que tinham história?", disparou. "A imprensa brasileira está nas mãos da elite e não admite que nenhum governante olhe para as pessoas mais pobres", completou. O ex-presidente também atacou o comportamento de Aécio em relação às denúncias de corrupção. "Ele se esqueceu que seu avô (Tancredo Neves) trabalhou no governo de Vargas [Getúlio Vargas]e foi primeiro-ministro de João Goulart. Aécio faz como a UDN: sabe fazer denúncias de corrupção dos outros e esconde o seu rabo para ninguém saber", disparou.


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

MÉDICO GAÚCHO A DILMA: "PROCURE UM CUBANO, FDP"

Intolerância pré-eleitoral cobre o Brasil de ódio; ontem, logo após a presidente Dilma se sentir mal, no debate do SBT, o médico gaúcho Milton Pires postou a seguinte mensagem no Facebook: "Tá se sentindo mal? A pressão baixou??? Chama um médico cubano, sua grande filha da puta!"; entre seus seguidores, urros pela agressão; um dos internautas disse que Dilma deveria buscar proteção da Lei Maria da Penha, depois de ter sido espancada; dias atrás, o alvo da violência foi o ator Gregório Duvivier; hoje, é a presidente Dilma; em artigo, colunista Breno Altman alerta para a ascensão de um neofascismo na sociedade brasileira, atiçado por meios de comunicação conservadores; médico intolerante tem sido defendido, na mídia brasileira, pelo extremista Augusto Nunes, de Veja.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Lula: quem não fez bafômetro pode governar?


Ex-presidente questionou ontem, durante comício no Pará, a capacidade do candidato do PSDB, Aécio Neves, de governar o País, e lembrou episódio vivenciado pelo tucano em 2011; "Ontem (terça) eu assisti o debate e ouvi o Aécio dizendo que tem responsabilidade e competência pra governar o país. Como alguém que se recusa a fazer o teste do bafômetro, por estar dirigindo bêbado, pode governar o país?", perguntou Lula; petista comparou os anos de governo do PT com os do PSDB, lembrando que "o PSDB só governava para um terço da população".

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Vox Populi: Dilma ultrapassa Aécio


A pesquisa Vox Populi, divulgada nesta segunda-feira (13) pela TV Record, mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) com 45% dos votos totais contra 44% das intenções de voto do tucano Aécio Neves. Os votos nulos e brancos são 5%. Os indecisos são 5%. No quadro de votos válidos, Dilma tem 51% e Aécio tem 49%. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 147 cidades no final de semana. A margem de erro é de 2 pontos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01079/2014. A última pesquisa Vox Populi divulgada no primeiro turno, um dia antes da votação, mostrava Dilma com 46% contra 41% de Aécio. Em relação à sondagem anterior, a candidata do PT havia variado dois pontos para baixo e o tucano, três pontos para cima. 
Votos por regiões: O levantamento do Vox Populi traz um recorte das intenções de voto pelas regiões do País. Aécio ganha no Sul e Sudeste, e Dilma vai melhor no Nordeste. No Centro-Oeste e Norte, os candidatos estão empatados. No Sul, o tucano tem 55% da preferência, contra 33% de Dilma — brancos/nulos são 4% e eleitores indecisos, 7%. No Sudeste, Aécio tem 51%, contra 36% de Dilma — brancos/nulos somam 7%, e eleitores indecisos são 6%. No Nordeste, Dilma tem 67% das intenções de voto, contra 26% do tucano. Os brancos e nulos na região são 4%, e os eleitores indecisos totalizam 3%. No Centro-Oeste e Norte, ambos os candidatos têm 45% das intenções de voto cada — brancos e nulos são 4%, e indecisos somam 6%.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Caixa é condenada a indenizar patense por demora no atendimento




A Caixa Econômica Federal foi condenada a indenizar um advogado de Patos de Minas em R$5.000,00 por danos morais. A justiça apurou que o advogado, Manoel Almeida, teve de aguardar por mais de uma hora na fila da principal agência da cidade, situada na Rua Major Gote, para ser atendido. O Juiz Federal, Heleno Bicalho, entendeu que houve menosprezo da Caixa Econômica. Da decisão cabe recurso. Manoel Almeida foi até a agência da Caixa Econômica em 2009 e acabou tendo que aguardar por mais de uma hora na fila, sendo que a legislação municipal determina que o tempo máximo de espera em dias normais é de apenas 15 minutos. Diante do tempo excessivo de espera, o juiz entendeu que houve o dano e a Caixa Econômica deveria reparar. O Juiz fundamentou que o tempo de espera excessivo em fila de banco é passível de indenização. “... É patente que o tempo de espera em fila para atendimento em instituição bancária que extrapola, em demasia, o limite definido por lei municipal é fato de causar incertezas, profundo desgaste físico e emocional, bem como afetar a honra subjetiva da pessoa, e consequentemente, atingir direito imaterial, gerando dano moral”, argumentou. Segundo Manoel Almeida, não foi só uma vez que ele foi obrigado a esperar tanto tempo na fila. "O abuso era reiterado, a espera na fila já começava do lado de fora da Caixa e anos depois a agência continua um caos". "A legislação diz que os bancos devem atender em até 15 minutos, e nenhum deles, seja público ou privado, está acima da lei", ressaltou o advogado. 

Tereza Cruvinel: "Delação foi programada para o período eleitoral"

"O acordo de delação premiada com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef foi firmado antes do primeiro turno, mas os depoimentos foram programados para acontecerem logo depois. O Juiz (Sérgio Moro) e os procuradores que o conduzem sabem o que estão fazendo", afirma Tereza Cruvinel, colunista do 247; jornalista ressalta que "a alternância no poder é salutar para a democracia, mas não pela criação de fatos destinados a afetar o resultado eleitoral"; Youssef e Costa não apresentaram provas do que disseram, mas jogaram uma bomba de alta potência sobre a campanha eleitoral, diz ela; leia a íntegra.

Os depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, em acordo de delação premiada, vêm sendo agendados de forma que atinjam a disputa eleitoral, afirma Tereza Cruvinel, em nova coluna em seu blog no 247. A jornalista ressalta que "a alternância no poder é salutar para a democracia, mas não pela criação de fatos destinados a afetar o resultado eleitoral".
"Há uma sincronia entre as investigações das irregularidades na Petrobrás e a eleição presidencial em curso, que lembra a sintonia entre o julgamento dos réus do mensalão pelo STF e as eleições municipais de 2012. O acordo de delação premiada com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef foi firmado antes do primeiro turno, mas os depoimentos foram programados para acontecerem logo depois. O Juiz e os procuradores que o conduzem sabem o que estão fazendo", diz Tereza.
Segunda a colunista, é por isso que toma-se o cuidado de não serem divulgados na imprensa nomes de autoridades com cargo eletivo porque o caso, então, seria encaminhado para o Supremo Tribunal Federal, onde o presidente, Ricardo Lewandowski, "não transigiria com as formalidades legais e rituais, evitando que os procedimentos judiciais ganhassem conotação eleitoral". "O alvo agora é o PT e a reeleição de Dilma Rousseff. E para isso, é bom que o processo continue na primeira instância", constata a colunista.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Lamentável: Blog de Rui Côrtes e Flávio Souza pode sair do ar


Conforme anunciado na página virtual, o blog entrefatoseboatosmg pode sair do ar. Seus fundadores Rui Côrtes e Flávio Souza não evidenciaram o motivo principal da decisão. Será uma grande perca para, principalmente, os que observam a política local e seus desdobramentos, tão comentados pelos Posts dos dois renomados escritores vazantinos. 
Diz a nota:
 "Como não se emocionar com cada palavra, cada observação? Como não admitir fortes empolgações com elogios contagiantes? Como não se motivar com as críticas, que tanto nos estimula a fazer melhor? Como não se apaixonar por essa coisa fascinante que é, com a liberdade que temos, externar nosso ponto de vista de maneira democrática e isenta?
Assim, durante esses três meses que o blog Entre Fatos e Boatos esteve  no ar,  tivemos a impagável satisfação de ter você como o melhor leitor do mundo, independentemente de sua ideologia e visão a respeito dessa página. Afinal, de alguma forma, você nos presenteou com cada vista. Nesse curto período, foram quase 12 mil visualizações, mesmo com a escassez de publicações, devido a falta de tempo ou inspiração. 
Obrigado a cada tempo vivido com todos vocês, reais motivos de escrevermos. Obrigado aos entrevistados que foram tão gentis conosco. Obrigado aos apoiadores, moralmente falando; obrigado às críticas...
Nos próximos dias, estaremos fechando as cortinas. O referido blog deixará de existir.  Não é um adeus, um ponto final. Talvez, um até breve, uma vírgula, na certeza que um dia, mesmo que seja em termos virtuais, encontraremos por aí.
Abraços!"