segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Lula diz que Aécio age como "filhinho de papai"


Os embates entre a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff e o adversário Aécio Neves (PSDB) continuam repercutindo e dando margens para novos confrontos. Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Aécio é "grosseiro" e possui "comportamento de filhinho de papai". As críticas de Lula ao adversário tucano foram feitas neste sábado, em Belo Horizonte (MG), quando ele participava de um ato de campanha ao lado da presidente Dilma. "Nunca vi um cidadão faltar com respeito com uma presidente como faz nosso opositor. Eu não tinha coragem de ser grosseiro contra o Collor. Isso é comportamento de um filhinho de papai. Não sei se ele teria coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse homem. Não é só porque Dilma é mulher, mas porque ela é presidente desse País", disparou. Lula afirmou, ainda, que Aécio às vezes age como um "fidalgo" e criticou o tucano pelo desrespeito não apenas contra a presidente, mas também contra a população mais pobre. "Se ele trata a presidente desse jeito, imagina se ele encontrar uma pessoa na faixa, ou um catador. Isso é muito grave, porque as pessoas se acham no direito de desrespeitar o outro e depois se fazer de vítima. E é mais um motivo, uma razão para elegermos Dilma", disse. Lula também condenou o fato de Aécio ter se recusado a fazer o teste do bafômetro quando foi parado em uma blitz da Operação Lei Seca. "Bafômetro não é medir carteira de motorista ou não. Bafômetro cheira álcool", disse. Ao longo do seu discurso, Lula relembrou eleições passadas e disse que, muitas vezes, os eleitores brasileiros cometem equívocos, como os da eleição de "1989". "Esse País muitas vezes comete equívoco. Em 1989, o País estava com medo de mim, mas também de Ulysses Guimarães, do Brizola, Mario Covas. E esse medo era muitas vezes instigado pela imprensa. E no fim, o povo escolheu Collor, presidente da República, dizendo que era o novo. E vocês sabem o que aconteceu. Eu era muito radical na época, nem a barba aparava, fiquei ofendido, mas ficar com medo de Ulysses, Brizola, que tinham história?", disparou. "A imprensa brasileira está nas mãos da elite e não admite que nenhum governante olhe para as pessoas mais pobres", completou. O ex-presidente também atacou o comportamento de Aécio em relação às denúncias de corrupção. "Ele se esqueceu que seu avô (Tancredo Neves) trabalhou no governo de Vargas [Getúlio Vargas]e foi primeiro-ministro de João Goulart. Aécio faz como a UDN: sabe fazer denúncias de corrupção dos outros e esconde o seu rabo para ninguém saber", disparou.


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