segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Antônio Andrade questiona autonomia de Dr. José



         O vice-governador eleito, deputado federal Antônio Andrade (PMDB), participou da confraternização que reuniu aliados, lideranças políticas e simpatizantes do ex-prefeito Orlando Fialho (PMDB), no último dia 21, no Parque de Exposições de Vazante. O evento foi uma recepção festiva ao ex-prefeito, que retornou definitivamente para a cidade após residir por mais de um ano em Porangatu (GO). Também presente ao evento, o ex-prefeito Jacques Soares Guimarães (PSD) abriu os pronunciamentos reivindicando ao vice-governador a indicação de Orlando Fialho para algum cargo das autarquias do governo do estado, como reconhecimento a sua fidelidade política e ao seu trabalho na administração municipal. Ao usar a palavra, Antônio Andrade declarou que Orlando Fialho pode ocupar um posto do governo bem próximo de Vazante, mas evitou revelar o órgão ou cargo em questão, antes de tomar posse. A aposta é de que o ex-prefeito deverá ser indicado para a direção regional do DER/MG de Paracatu.
         Em entrevista exclusiva ao DeFato, Antônio Andrade também afirmou que está tranqüilo com relação à decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) de reprovar as contas de campanha do governador eleito Fernando Pimentel (PT), que inclusive já foi diplomado para assumir o cargo. O vice-governador acredita que os juízes se equivocaram ao entenderem que os gastos do candidato, de aproximadamente R$ 42 milhões, ficaram acima do permitido. “Houve apenas uma transferência de recursos da conta do candidato para a conta do comitê de campanha, mas a arrecadação e as despesas foram únicas”, esclareceu. O vice-governador não tem qualquer conseqüência em razão disso e também não tem dúvidas de que as contas de Fernando Pimentel serão aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
         Muito mais que as contas de Pimentel, a questão que realmente preocupa Antônio é a pesada dívida do governo do estado, que estaria em torno de R$ 102 bilhões. “Nunca houve choque de gestão e déficit zero. O estado sempre teve uma dívida crescente”, denunciou o vice-governador, desmascarando a propaganda tucana em Minas Gerais.  Segundo ele, o governo do PSDB não  amortizou a dívida com a União e ainda obteve um empréstimo de 20 bilhões de reais, complicando ainda mais a situação financeira do estado. “O povo votou em nós sabendo que o estado estava endividado. Não podemos ficar reclamando das dívidas. Temos que buscar soluções para cumprir aquilo que prometemos”, resignou-se. O vice-governador disse que confia no apoio da presidente Dilma Roussef (PT), que ficou muito satisfeita com a vitória nos dois turnos da eleição em Minas, para ajudar o futuro governador.
         Mesmo sabendo das dificuldades que tem pela frente, Antônio Andrade garantiu a realização de obras consideradas prioritárias para a região. Algumas delas seriam os asfaltamentos das rodovias Vazante/Pontal, Guarda-Mor/Catalão e Lagamar/São Brás de Minas, além da pavimentação de outras estradas indispensáveis para o escoamento da produção agropecuária do Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro.

         Esclarescendo que o cargo de vice-governador não vai limitar a sua participação na próxima eleição municipal, em Vazante, Antônio Andrade declarou que, como vazantino e eleitor, ele quer o melhor para a cidade. “Em oito anos de mandato, Dr. Jacques foi o nosso melhor prefeito e o Orlando Fialho também foi um prefeito impecável”, disse ele, já demonstrando a sua firme decisão de se manter ao lado do grupo da oposição. Criticando o excesso de mandantes e a falta de autonomia no governo de José Benedito, Antônio Andrade questionou: “Quem é o prefeito de Vazante?”.      (Redação: Lando Lacerda)

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