O vice-governador
eleito, deputado federal Antônio Andrade (PMDB), participou da confraternização
que reuniu aliados, lideranças políticas e simpatizantes do ex-prefeito Orlando
Fialho (PMDB), no último dia 21, no Parque de Exposições de Vazante. O evento
foi uma recepção festiva ao ex-prefeito, que retornou definitivamente para a
cidade após residir por mais de um ano em Porangatu (GO). Também presente ao
evento, o ex-prefeito Jacques Soares Guimarães (PSD) abriu os pronunciamentos
reivindicando ao vice-governador a indicação de Orlando Fialho para algum cargo
das autarquias do governo do estado, como reconhecimento a sua fidelidade
política e ao seu trabalho na administração municipal. Ao usar a palavra,
Antônio Andrade declarou que Orlando Fialho pode ocupar um posto do governo bem
próximo de Vazante, mas evitou revelar o órgão ou cargo em questão, antes de
tomar posse. A aposta é de que o ex-prefeito deverá ser indicado para a direção
regional do DER/MG de Paracatu.
Em entrevista
exclusiva ao DeFato, Antônio Andrade também afirmou que está tranqüilo com
relação à decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) de reprovar as contas
de campanha do governador eleito Fernando Pimentel (PT), que inclusive já foi
diplomado para assumir o cargo. O vice-governador acredita que os juízes se
equivocaram ao entenderem que os gastos do candidato, de aproximadamente R$ 42
milhões, ficaram acima do permitido. “Houve apenas uma transferência de
recursos da conta do candidato para a conta do comitê de campanha, mas a
arrecadação e as despesas foram únicas”, esclareceu. O vice-governador não tem
qualquer conseqüência em razão disso e também não tem dúvidas de que as contas
de Fernando Pimentel serão aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Muito mais que as
contas de Pimentel, a questão que realmente preocupa Antônio é a pesada dívida
do governo do estado, que estaria em torno de R$ 102 bilhões. “Nunca houve
choque de gestão e déficit zero. O estado sempre teve uma dívida crescente”,
denunciou o vice-governador, desmascarando a propaganda tucana em Minas
Gerais. Segundo ele, o governo do PSDB
não amortizou a dívida com a União e
ainda obteve um empréstimo de 20 bilhões de reais, complicando ainda mais a
situação financeira do estado. “O povo votou em nós sabendo que o estado estava
endividado. Não podemos ficar reclamando das dívidas. Temos que buscar soluções
para cumprir aquilo que prometemos”, resignou-se. O vice-governador disse que
confia no apoio da presidente Dilma Roussef (PT), que ficou muito satisfeita
com a vitória nos dois turnos da eleição em Minas, para ajudar o futuro
governador.
Mesmo sabendo das
dificuldades que tem pela frente, Antônio Andrade garantiu a realização de
obras consideradas prioritárias para a região. Algumas delas seriam os asfaltamentos
das rodovias Vazante/Pontal, Guarda-Mor/Catalão e Lagamar/São Brás de Minas,
além da pavimentação de outras estradas indispensáveis para o escoamento da
produção agropecuária do Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro.
Esclarescendo
que o cargo de vice-governador não vai limitar a sua participação na próxima
eleição municipal, em Vazante, Antônio Andrade declarou que, como vazantino e
eleitor, ele quer o melhor para a cidade. “Em oito anos de mandato, Dr. Jacques
foi o nosso melhor prefeito e o Orlando Fialho também foi um prefeito
impecável”, disse ele, já demonstrando a sua firme decisão de se manter ao lado
do grupo da oposição. Criticando o excesso de mandantes e a falta de autonomia
no governo de José Benedito, Antônio Andrade questionou: “Quem é o prefeito de
Vazante?”. (Redação: Lando
Lacerda)
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