O vereador Sebastião Guimarães (PSDB) contestou as medidas de
contenção de gastos da administração municipal com a dispensa de médicos e
profissionais da área da saúde, que normalmente ocorre todos os anos a partir
do mês de novembro. “Quer dizer que o povo vai ter que marcar data para
adoecer? Não se pode mais ficar doente no final do ano?”, indagou
ironicamente o vereador. Ele disse que é inadmissível esta forma de economia
que prejudica a população com a falta de consultas médicas, exames e outros
procedimentos no serviço de saúde. Sua expectativa era de que isto não aconteceria
no governo, que foi eleito com propostas de mudanças. “É preciso priorizar
os gastos do município conforme a necessidade do povo.”, cobrou.
Sebastião Guimarães
propôs que a Câmara Municipal marque uma audiência com o prefeito José Benedito
(PHS) para tratar do assunto e tentar resolver esta situação. Ele criticou as
despesas supérfluas da Prefeitura com gastos na realização de eventos festivos,
como o carnaval e competições de motocross. “Contrataram o Amado Batista
para a festa de maio e gastaram 120 mil reais”, lembrou. Outros artistas
também foram contratados para o mesmo evento, cujo custo total teria atingindo
acima de 250 mil reais, incluindo a locação de equipamentos e estruturas para
os shows.
Esses gastos, segundo
o vereador, não podem ser feitos em prejuízo dos investimentos na saúde,
educação, ação social, manutenção de estradas rurais e melhorias para a
população. Ele afirmou que a qualidade do serviço de saúde em Vazante já está
sendo muito criticada pelos usuários e deve piorar com a recente dispensa de
médicos e outros profissionais do setor.
O parlamentar também
disse que os vereadores não têm informações concretas sobre a situação
financeira da Prefeitura, com relação aos comentários de que o município
estaria devendo mais de 2 milhões de reais. Ele explicou que a Câmara Municipal
já solicitou ao prefeito algumas informações relativas a contratos, despesas e
débitos da administração municipal, mas ainda não recebeu os documentos
solicitados. “Não posso confirmar nada sobre a situação financeira da
Prefeitura, mas parece que não é muito boa”, concluiu Sebastião Guimarães.
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