O ex-prefeito de
Paracatu, na Região Noroeste de Minas, e candidato a deputado federal em 2014
Antônio Arquimedes Borges de Oliveira é acusado pela Polícia Civil de envolvimento
na morte de um funcionário da Coopervap (Cooperativa Agropecuária do Vale do
Paracatu Ltda). O crime ocorreu em 1995 e seria uma queima de arquivo, segundo
as investigações. A vítima, Eustáquio Porto Botelho, denunciou na um esquema de fraude milionária
de adulteração do leite e de fiscalização do produto. De acordo ainda com a
polícia, uma empresa de nome Sonata foi criada em Brasília e tinha como sócio
fictício Antônio Arquimedes de Oliveira. A firma recebia a produção de leite da Coopervap, sendo que o lucro era
aplicado em investimentos financeiros e, depois de 15 dias, o dinheiro era
devolvido ao caixa da cooperativa sem a capitalização dos juros. Atualmente,
pelos cálculos da polícia, a cooperativa movimenta cerca de R$ 200 milhões por
ano. A trama criminosa envolveu políticos. Apontado com agiota, Eustáquio Porto
Botelho chegou a denunciar o crime e acabou sendo demitido da Coopervap.
Entretanto, a vítima acionou a Justiça para retornar ao trabalho e consegui
estabilidade no emprego. As investigações se prolongaram por 19 anos e a polícia descobriu que, além
Antônio Arquimedes e Oliveira, outras duas pessoas estavam ligadas à queima de
arquivo. O político é o mandante do crime o contratou "Moises do São Domingos"
ou "Jagunço", João Luiz Santana Simão e Eurípedes Gomes dos Santos
para matar o homem. A vítima foi morta em uma região próxima de Paracatu e teve
o corpo ocultado. Na época do homicídio, Moises era assaltante de banco em São Paulo e fugiu para
Paracatu, onde conheceu Oliveira e virou cabo eleitoral do ex-prefeito do
município. Somente Eurípedes ainda está vivo, de acordo com a Polícia Civil. O
crime foi denunciado pelo Ministério Público em 22 de outubro deste ano e
Antônio Arquimedes ainda é acusado de ameaçar de morte uma delegada do
Ministério do Trabalho.
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