Num vídeo postado na noite de terça-feira (28), o
ex-presidente Lula afirma que o povo brasileiro foi sábio e deu uma lição ao
País; Lula fez também um manifesto contra o ódio e o preconceito; "A
miséria absoluta acabou, as pessoas ganharam cidadania e quem mais ganhou com
isso? Ganhou a classe média, ganharam as empresas", disse ele; "Mais
generosidade e menos preconceito vai fazer um bem imenso ao País";
"Faço um convite a você que tem preconceito: abra seu coração, abra sua
alma e dê uma chance a quem tem menos"; Lula já é pré-candidato à
presidência em 2018.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Reeleita, Dilma clama por paz, união e mudanças
Aos
gritos de olê, olê, olá, Dilma foi recebida por militante do PT em São Paulo.
Seu primeiro agradecimento foi ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em
seguida, ao vice Michel Temer e a sua esposa Marcela. Depois, vieram os
presidentes dos partidos que a apoiam, começando por Rui Falcão, do PT.
Eis trechos de sua fala: "Chegamos ao final de uma disputa
que mobilizou todas as forças dessa Nação. Tenho palavras de agradecimento e
conclamação. Agradeço a meu vice e aos partidos que sustentaram nossa aliança.
Agradeço a cada um e a cada uma dos integrantes dessa militância combativa, que
foi a alma e a força dessa vitória. E agradeço a todos os brasileiros e
brasileiras.
Agradeço, do fundo do mundo do meu
coração, ao militante número 1 das causas do povo brasileiro: o presidente
Lula. Conclamo a todos os brasileiros e brasileiras a nos unirmos. Não acredito
que essas eleições tenham dividido o Brasil ao meio. Entendo que elas
mobilizaram emoções contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca
de um futuro melhor.
Em lugar de ampliar divergências, creio
que é hora de construção de pontes. O calor liberado no fragor da disputa pode
ser transformado em energia construtiva de um novo momento no Brasil. Em alguns
momentos da história, resultados apertados produziram mudanças mais rápidas e
mais amplas. Essa é minha esperança. Aliás, é minha certeza. Esta presidenta
aqui está disposta ao diálogo e este é meu primeiro compromisso neste segundo
mandato. Toda eleição é uma forma de mudança. Principalmente para nós, que
vivemos numa das maiores democracias do mundo.
Quero ser uma presidenta muito melhor
do que fui até agora. Quero ser uma pessoa ainda melhor do que tenho me
esforçado por ser. A palavra mais dita foi mudança. O tema mais amplamente
invocado foi reforma. Estou sendo reconduzida à presidência para realizar as
grandes mudanças que a sociedade brasileira exige. Estou pronta a responder a
essa convocação. Sei do poder que cada presidente tem de liderar as grandes
causas populares. E eu o farei."
Em
seguida, Dilma defendeu o plebiscito pela reforma política. "Quero
discutir esse tema profundamente com o novo Congresso Nacional e com toda a
sociedade brasileira".
Com
as urnas apuradas, a presidente Dilma Rousseff teve 51,6% e Aécio Neves 48,4%.
Ela venceu no Norte, no Nordeste, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e perdeu
em São Paulo.
O
resultado é muito semelhante ao da pesquisa Datafolha, que apontou vitória de
Dilma por 52% a 48%.
Com
a vitória, o Partido dos Trabalhadores, que foi criado em 1980, terá um ciclo
de 16 anos no poder.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Luana Lourenço e Sabrina Craide – Repórteres da
Agência Brasil
Com 97,62% das
urnas apuradas, a atual presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), tem
51,38% dos votos válidos e está matematicamente reeleita para o cargo. O
candidato Aécio Neves (PSDB) tem 48,62% dos votos válidos até o momento.
Mineira de Belo
Horizonte, Dilma Rousseff, tem 66 anos, é economista formada pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem uma filha e um neto. Foi reeleita
hoje (26), junto com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), com o apoio da
coligação formada por PT, PMDB, PDT, PCdoB, PR, PP, PRB, PROS e PSD. No
primeiro turno, Dilma ficou em primeiro lugar, com 43.267.668 votos (41,59% dos
votos válidos).
Filha de um
imigrante búlgaro e de uma professora do interior do Rio de Janeiro, Dilma
viveu em Belo Horizonte, capital mineira, até 1970, onde integrou organizações
de esquerda, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda
Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi presa em 1970 pela ditadura
militar e passou quase três anos no Presídio Tiradentes, na capital paulista,
onde foi torturada.
Em 1973, mudou-se
para Porto Alegre, onde construiu sua carreira política. Na capital gaúcha,
Dilma dedicou-se à campanha pela anistia, no fim do regime militar, e ajudou a
fundar o PDT no estado. Em 1986, assumiu seu primeiro cargo político, o comando
da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre, convidada pelo então prefeito Alceu
Collares.
Com a
redemocratização, Dilma participou da campanha de Leonel Brizola à Presidência
da República em 1989. No segundo turno, apoiou o então candidato Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Em 1993, Dilma assumiu a Secretaria de Energia, Minas e
Comunicação do Rio Grande do Sul, cargo que ocupou nos governos de Alceu
Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).
Em 2000, Dilma
filiou-se ao PT e, em 2002, foi convidada a compor a equipe de transição entre
os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Quando Lula
assumiu, em janeiro de 2003, Dilma foi nomeada ministra de Minas e Energia,
onde comandou a reformulação do marco regulatório do setor. Em 2005, ainda no
primeiro governo Lula, Dilma assumiu a chefia da Casa Civil, responsável até
então por projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha
Casa, Minha Vida.
Dilma deixou a Casa
Civil em abril de 2010 e, em junho do mesmo ano, teve sua candidatura à
Presidência da República oficializada. Venceu sua primeira eleição no segundo
turno, contra o candidato do PSDB, José Serra, com mais de 56 milhões de votos.
Em um governo de
continuidade, Dilma manteve e ampliou programas sociais da gestão Lula e
implantou iniciativas que levaram à redução da pobreza, da fome e da
desigualdade. Criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec) e ampliou programas de empreendedorismo. Também implantou um
programa de concessões para obras de infraestrutura e logística, muitas ligadas
à realização da Copa do Mundo. Em um governo marcado por episódios de
corrupção, Dilma chegou a demitir seis ministros em dez meses, em 2011. A
presidenta reeleita também enfrentou problemas com a economia, com queda no
ritmo do crescimento do país e avanço da inflação.
Leia, ainda,
reportagem da Reuters:
SÃO
PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste
domingo em uma disputa marcada por reviravoltas e que teve o resultado mais
apertado desde a redemocratização, indicando os desafios que ela terá para unir
um Brasil que se mostrou dividido nas urnas.
A vitória de Dilma,
primeira mulher na Presidência da República, veio principalmente com votos
obtidos no Norte e Nordeste, regiões mais pobres do país e onde programas
sociais como o Bolsa Família têm ajudado a melhorar a vida de dezenas de
milhões de pessoas.
A petista, que
garantiu ao seu partido o quarto mandato consecutivo no governo central, terá
grandes desafios pela frente, como retomar o crescimento econômico, controlar
mais efetivamente a inflação e reconquistar a confiança de empresários e
investidores.
Seu governo
precisará também dar respostas à sociedade sobre a suposta corrupção na
Petrobras e que teria o envolvimento de partidos e políticos da base aliada do
governo, que veio à tona durante a campanha e virou tema de embate, porém sem
força para mudar de forma significativa o voto de eleitores.
Após 98 por cento
da apuração, Dilma tinha 51,45 por cento dos votos válidos, contra 48,55 por
cento de Aécio, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Restando 1,87 por cento dos votos a serem apurados, é impossível
matematicamente para o tucano alcançar a petista.
Dilma tinha 53,3
milhões de votos e Aécio aparecia com 50,3 milhões. Ainda faltavam 2,7 milhões
de votos a serem apurados.
A última parcial do
TSE apontava para um resultado final agora mais estreito em termos percentuais
do que foi a vitória de Fernando Collor de Mello (PRN) contra o petista Luiz
Inácio Lula da Silva em 1989, quando o primeiro foi eleito com 53,03 por cento
dos votos válidos.
A eleição deste ano
foi marcada pela imprevisibilidade, com Dilma tendo visto sua chance de
reeleição ameaçada por dois candidatos diferentes ao longo da campanha,
primeiro por Marina Silva (PSB), terceira colocada na votação de 5 de outubro,
e depois por Aécio.
A trágica morte do
presidenciável Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo em 13 de agosto alçou
sua vice na chapa ao topo da corrida presidencial. Marina chegou a abrir 10
pontos de vantagem sobre Dilma em simulação de segundo turno. A ex-senadora e
ambientalista, contudo, viu aos poucos suas intenções de voto cederem, em meio
aos ataques de seus adversários.
Aécio teve uma
votação no primeiro turno bastante acima do que apontavam as pesquisas e
apareceu numericamente à frente de Dilma nos primeiros levantamentos do segundo
turno, em empate dentro da margem de erro. Mas logo a presidente voltou a
aparecer na frente, o que persistiu até a véspera da votação deste domingo.
Além de viradas
dramáticas, a disputa deste ano ficará marcada pelos incansáveis ataques entre
os principais candidatos e pela crescente radicalização na polarização PT x
PSDB, que domina a corrida presidencial há 20 anos.
domingo, 26 de outubro de 2014
Veja zomba da lei e só a cumpre parcialmente
Revista da Abril, que
cometeu um crime eleitoral e perpetrou um atentado contra a democracia
brasileira, publicou direito de resposta determinado pelo Tribunal Superior
Eleitoral, mas não com o mesmo destaque da notícia anterior; reparação foi
apenas parcial e está publicada ao lado da mesma capa em que a presidente Dilma
Rousseff é acusada sem provas, como admite a própria revista; no site de Veja,
deveria constar a capa da imagem acima, o que não foi feito pela Editora Abril;
crime contra a democracia permanece sem o devido castigo; Veja ainda publicou
texto em que desqualifica o ministro Admar Gonzaga, responsável pela decisão;
"O ministro Admar Gonzaga decidiu-se pela concessão do Direito de Resposta
depois de examinar o pedido da coligação da candidata Dilma Rousseff por duas
horas, tempo em que também redigiu as nove laudas de seu despacho — ao
ritmo de 13 minutos por lauda", diz a resposta da Abril.
sábado, 25 de outubro de 2014
Dilma nocauteou Aécio já no primeiro assalto
Em uma luta em que precisava de apenas um empate, a presidente Dilma Rousseff saiu vitoriosa e seu adversário nocauteado já no primeiro assalto. É o que afirma o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do Jornal Brasil 247 em Brasília, em análise sobre o debate da noite desta sexta-feira na Rede Globo.
"O debate de ontem terminou na primeira pergunta. Aécio Neves tentou usar a última edição da VEJA para colocar Dilma contra a parede. A presidente deu uma resposta a altura, desqualificando uma denúncia que nem seu autor — nem a revista que a publicou — conseguem sustentar com base em provas. Foi uma colocação firme, sem piscar.
O debate terminou aí porque, como se sabe, o último debate de uma campanha envolve uma questão essencial. Quem está na liderança das pesquisas joga na defesa e pode ganhar mesmo que empatar. Quem está atrás precisa tentar virar o jogo de qualquer maneira, mas isso só se consegue quando o interlocutor oferece brechas e oportunidades.
Num confronto que tem algo de uma luta de boxe, é preciso encaixar golpes no rival — uma forma de mostrar ao juri de eleitores, indecisos e pouco firmes, que ele tem pontos fracos que precisam ser levados em consideração. Mas a presidente atuou como se estivesse protegida por uma couraça. Quando a primeira revista não deu certo, Aécio falou de uma reportagem da Istoé".
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Datafolha e Ibope: Dilma dispara
Pesquisas que acabam de ser divulgadas pelos
maiores institutos apontam candidata do PT à reeleição à frente do postulante
do PSDB além da margem de erro pela primeira vez no segundo turno; na
Datafolha, Dilma Rousseff marca 53% dos votos válidos, contra 47% para Aécio
Neves, uma vantagem de seis pontos; Ibope tem placar de 54% a 46%, diferença de
oito pontos; PT avança na reta final e desestabiliza tucanos.
FHC admite: “O PT ajudou mais o Nordeste”
Ex-presidente Fernando Henrique reconheceu, nesta
quinta-feira, os avanços promovidos pelo PT nos últimos 12 anos e disse que as
gestões de Dilma e Lula fizeram mais pelo Nordeste do que a sua; "Não tenho
dúvidas que o governo do PT ajudou mais o Nordeste. Eles foram beneficiados
pela conjuntura favorável e ampliaram os programas sociais", afirmou, em
entrevista à Rádio Jornal do Recife; segundo ele, "o Brasil está
progredindo" e por isso não seria necessário "ficar denegrindo o
passado para exaltar o que foi feito depois"; questionado sobre a crise
hídrica em São Paulo, onde vive, FHC disse não sofrer com o problema; “Nesse
momento tem. Como é prédio, sempre guarda água. Eu nunca sofri falta de água”,
disse
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Vox Populi: Dilma bate Aécio em Minas: 44% a 41%
A presidente Dilma Rousseff (PT) lidera as intenções de voto no reduto eleitoral do seu adversário Aécio Neves (PSDB). De acordo com pesquisa Vox Populi, a petista alcança 44% do eleitorado mineiro contra 41% do tucano, que governou o estado de 2003 a 2010. A estatística é referente à votação estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos. No primeiro turno da eleição, Dilma também venceu Aécio em Minas por 43% dos votos válidos contra 39% do senador. O estado é o segundo maior colégio eleitoral do País e será decisivo na votação deste segundo turno. Conforme o levantamento, Dilma vence por 50% a 35% entre os eleitores mineiros com renda de até dois salários mínimos. Na faixa entre dois até cinco salários mínimos, o tucano vence a petista por 43% a 42%. Aécio também alcança mais votos entre os mineiros com renda superior a cinco salários mínimos (52% a 35%).
Avaliação do governo - De acordo com o levantamento, 8% dos entrevistados consideram "ótimo" o governo da presidente Dilma. Os eleitores que acham regular somam 34%; ruim/péssimo, 36%, e não sabem/não responderam, 2%. A pesquisa foi realizada com 1.600 eleitores, em 91 municípios mineiros, no dias 19 e 20 deste mês. O levantamento tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos e foi protocolado na Justiça Eleitoral sob o número BR-001150/2014. O nível de confiança é de 95%.
Jovem Aécio: “eu nunca fiz minha própria cama”
Com 17 anos, Aécio Neves passou uma
temporada em um lugarejo de Nova Jersey, nos EUA, onde virou atração e deu
entrevista ao jornal Franklin-News; segundo relato de Paulo Moreira Leite no
247, Aécio disse ao repórter "que a vida das mulheres é fácil no
Brasil" e que elas não tinham "necessidade financeira de
trabalhar", podendo "passar a maior parte de seu tempo na praia ou
fazendo compras"; o hoje candidato relatou ainda que "todo mundo tem
uma empregada ou duas" por aqui; e contou outra novidade: "nunca fiz
minha própria cama"; Aécio lamentou estar fora do País no Carnaval
(fevereiro de 1977), segundo ele, "a única época em que a classe baixa e a
classe alta se reúnem".
Nova Pesquisa DataFolha: Dilma 52% Aécio 48%
Divulgada
há pouco, a nova pesquisa do Instituto Datafolha mostrou praticamente os mesmos
números do levantamento anterior, publicado na segunda-feira. Na mais recente
leitura, Dilma Rousseff, candidata à presidência aparece com 52% dos votos
válidos, enquanto seu adversário, Aécio Neves, presidenciável do PSDB, detém
apoio de 48% do eleitorado. Neste contexto, permanece o empate técnico entre os dois
candidatos considerando o limite máximo da margem de erro, de 2 pontos
porcentuais. Se considerados os votos totais, os números mudaram
ligeiramente, com Dilma subindo para 47%, de 46% na pesquisa anterior, e Aécio
mantendo 43% das intenções de voto. Já os votos brancos e nulos oscilaram de 5%
para 6%, enquanto os indecisos caíram de 6% para 4%. Entre os eleitores da petista, 82% acreditam que ela vencerá a
disputa presidencial. O eleitorado do tucano é um pouco menos otimista, com 78%
achando que ele será eleito nas urnas.
Dilma
cresce entre mulheres e no Sudeste
A intenção de voto da candidata à reeleição entre as mulheres
aumentou para 47%, ante 42% apontado no levantamento realizado no dia 9 de
outubro. No mesmo contexto, o índice da petista na região Sudeste subiu para
40%, de 34%. Entre os eleitores que recebem entre dois e cinco salários
mínimos, o porcentual da candidata do PT avançou para 45%, de 39% apontado no
dia 15 de outubro. Contratada pelo jornal Folha de S. Paulo, a pesquisa Datafolha
ouviu 4.355 eleitores nesta terça-feira, em 256 municípios de todo o país. O
nível de confiança do levantamento é de 95%. A pesquisa foi registrada no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01160/2014.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Dilma virou. Aécio ainda tem tempo para vira-vira
Com campo realizado nesta própria segunda 20 em
que foi divulgada, a pesquisa Datafolha pegou, no quente, o impacto no
eleitorado nas cenas de pugilato político
entre a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves nos dois debates
presidenciais mais
recentes. Em ambos, a petista e o tucano trocaram tanto chumbo quanto puderam. O
levantamento também foi feito após uma semana de ataques do PT à figura do
ex-presidente do Banco
Central Armínio
Fraga, nomeado pelo candidato para o futuro Ministério da Fazenda. Tanto
quanto, apurou como chegou ao público a estratégia de desconstrução executada
diretamente contra Aécio. Do teste não realizado do bafômetro a não aplicação
de verbas constitucionais mínimas no setor de Saúde de Minas Gerais, o armário de munição dos
petistas foi aberto contra ele. Em sua defesa, o tucano, sem pestanejar, acusou
Dilma, bem mais de uma vez, de "mentirosa" e "leviana",
olhos nos olhos da presidente, em rede
nacional no debate
do SBT. Dos detalhes ao quadro mais geral, tudo o Datafolha procurou captar na
pesquisa feita e divulgada hoje – e deu Dilma. O quadro de empate técnico,
traçado tanto na diferença de 46% das intenções de voto para Dilma contra 43% a
favor de Aécio e, especialmente, na projeção dos votos válidos, na qual a
presidente abre quatro pontos sobre o senador, é diferente agora. Na semana
passada, a pesquisa foi uma repetição, em todos os seus grandes números, da
apuração anterior,
do mesmo Datafolha. Desta vez, a estabilidade foi trocada por uma virada de
Dilma, na mesma metodologia do levantamento anterior.
DESCONSTRUÇÃO
FUNCIONOU - Numa
retomada que só pode ser atribuída em partes iguais ao trabalho de
desconstrução de Aécio como da melhor apresentação dos resultados do governo no
horário político, Dilma sai fortalecida. A presidente galgou três pontos sobre
seu resultado anterior, e viu seu adversário perder dois. Na conta dos votos
válidos, a candidata à reeleição ficou a apenas um ponto de abrir cinco de
diferença, superando o quadro, ainda existente, de empate técnico.
O Datafolha aprofundou na campanha tucana a surpresa ocorrida
diante, horas mais cedo, da pesquisa CNT/MDA. Nela, com 50,5% contra 49,5% para
Aécio, Dilma foi vista na frente pela primeira no segundo turno. Após a
pesquisa do Datafolha veio a sondagem do Vox Populi confirmando os números,
reforçando a dianteira de Dilma. A novidade foi tão inesperada pelo
comando do PSDB que, no horário político desta mesma segunda 20, o programa de
Aécio Neves foi aberto com os números do Datafolha da semana passada. O ator
que representa o eleitor de Aécio agradeceu o apoio dado a ele. Pelos mesmos
motivos, caberá, agora, reconhecer o espaço perdido para a concorrente.
APOIOS
DE FORÇA RELATIVA - Outra
apuração significativa do Datafolha é sobre os efeitos, pró-Aécio, da série de
apoios políticos que ele recebeu. Do PPS de Roberto Freire a Zezé de Camargo e
Luciano, na estratégia de apostar em artistas para angariais simpatia popular,
Aécio conseguiu, por seus méritos de articulador, juntar simplesmente todos os
que são contra o PT. Vieram o PV, o PSC, o PSOL ficou no muro e Marina Silva
desceu dele, com cabelos soltos e imagem jovial recuperada. A julgar pela
frieza da pesquisa, isso não foi suficiente para fazer Aécio manter sua posição
anterior, quanto mais para abrir frente. A correção de rota, para voltar a
deter o favoritismo, tem dois balizadores. Um deles é o tempo. Faltando seis
dias para a eleição, com apenas mais um debate pela frente e três programas
eleitorais, Aécio têm um espaço importante, mas ao mesmo tempo exíguo, para dar
sua volta por cima. A repetição de que a presidente está assacando 'mentiras' e
sendo 'leviana' contra ele pode não dar resultado esperado. Até aqui, ao menos,
não deu. Apesar de colunistas da mídia tradicional terem visto um nocaute de
Dilma, sobre os murros de Aécio, no debate do SBT, o grande público parece ter
visto diferente. Sem buscar essa posição, até porque também estava na ofensiva,
a presidente pode ter sido vitimizada – e obtido a solidariedade feminina. Ao
mesmo tempo, o ex-presidente Lula se encarregou de trazer à pauta questões como
o teste do bafômetro que o candidato tucano se recusou a fazer no Rio de
Janeiro, durante uma blitz em 2011, e baixou a sapata, em discurso em Minas
Gerais, chamando-o de 'filhinho de papai' e 'vingativo'. Segundo o Datafolha,
os dados todos desse caldeirão resultado, neste momento, em vantagem, pequena
mas com viés de alta, para a presidente Dilma Rousseff. Significa que, em tese,
a estratégia que o PT vem empregado – goste-se dela ou não – está dando os
resultados pretendidos. Quem tem de se mover para fazer do vira um vira-vira é
o adversário.
Vox confirma Datafolha: Dilma tem 52% e Aécio 48%
A pesquisa
do Instituto Vox Populi, encomendada pela TV Record, Record News e R7,
divulgada nesta segunda-feira (20) indica que a presidente Dilma Rousseff (PT)
permanece numericamente à frente do senador Aécio Neves (PSDB) na corrida à
Presidência da República, mas o cenário ainda é de empate técnico entre os
candidatos. Os números são semelhantes aos que foram divulgados pelo Datafolha
mais cedo (aqui no Blog do Jornal DeFato). Dilma aparece com 46% das intenções
de voto totais e Aécio registra 43% da preferência do eleitorado. Em relação à
semana passada, os dois candidatos oscilaram dentro da margem de erro da
pesquisa — de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. No último
levantamento Vox Populi, Dilma registrou 45% e Aécio somou 44%. A pesquisa
divulgada hoje aponta que brancos e nulos são 5%, e eleitores indecisos somam
5%. Considerando apenas os votos válidos, ou seja, descontando-se brancos,
nulos e eleitores indecisos, Dilma aparece com 52% enquanto o tucano soma 48%.
É com esses números que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) chega ao vencedor
da eleição. Também há empate técnico. Por
região - O Vox Populi fez a divisão das intenções de voto totais por região
do País. Dilma vence no Norte, Centro-Oeste e Nordeste, enquanto Aécio tem
melhor desempenho no Sul e no Sudeste. No Centro-Oeste/Norte, Dilma tem 50% das
intenções de voto contra 42% do tucano — brancos e nulos são 5% e indecisos,
3%. No Nordeste, Dilma também vai melhor: tem 66% das intenções de voto contra
26% do tucano — brancos e nulos são 3% e indecisos somam 4%. No Sudeste, onde
está o maior colégio eleitoral do País (São Paulo, com mais de 22% dos
eleitores brasileiros), Aécio tem 50% das intenções de voto contra 34% da
petista. Brancos e nulos são 8%, enquanto 1% não pretende votar e 5% não sabem ou
não responderam. No Sul, de novo, Aécio tem melhor desempenho. O tucano tem 56%
da preferência do eleitorado, contra 34% da presidente. Brancos e nulos são 2%,
e indecisos somam 8%. Desempenho de
Dilma - A pesquisa também quis saber dos eleitores as impressões sobre a
presidente Dilma Rousseff. Para 43% dos entrevistados, a forma de governar de
Dilma é “ótima” ou “boa”. Outros 36% julgam “regular” o desempenho da
presidente. Os eleitores que consideram a forma de administrar o País “ruim” ou
“péssima” são 21%. Por fim, 1% não sabe ou não respondeu. A pesquisa ouviu
2.000 eleitores entre o último sábado (18) e domingo (19) em 147 cidades do
País. O levantamento, que tem nível de confiança de 95%, foi registrado no TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01136/2014.
Datafolha: Dilma tem 46% e Aécio 43%
Foi
divulgada, nesta segunda-feira, a nova
pesquisa Datafolha
sobre sucessão
presidencial. Agora, a presidente Dilma Rousseff aparece
numericamente à frente, com 46% das intenções de voto (subiu 3 pontos), contra
43% do tucano Aécio Neves (caiu 2 pontos). No levantamento anterior, Aécio
tinha 45% das intenções de voto e Dilma aparecia com 43%. Nos válidos, Dilma
tem 52% contra 48% de Aécio. Na contagem de votos válidos na pesquisa anterior,
o tucanotinha
51% contra 49% da petista. A aprovação ao governo subiu para 42% (subida de 2
pontos). Os que consideram regular são 37% (variou 1 ponto para baixo).
Os que desaprovam são 20% (reduziu 1 ponto). O Datafolha também perguntou,
entre os dois candidatos, em quem os eleitores votariam com certeza, em quem
talvez votassem e em qual não votariam de jeito nenhum.
Veja os números:
Dilma
45% - votariam com certeza
15% - talvez votassem
39% - não votariam de jeito nenhum
1% - não sabe
Aécio
41% - votariam com certeza
18% - talvez votassem
40% - não votariam de jeito nenhum
2% - não sabem
No primeiro turno, Dilma teve 41,59% dos votos válidos e Aécio,
33,55%
O Datafolha ouviu 4.389 eleitores no dias 20 de outubro. A
margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de
confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos,
em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos
prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal
Superior Eleitoral
(TSE) sob o número BR-01140/2014.
MP aciona minas e questiona gastos de Aécio com saúde
O Ministério Público do Estado
de Minas Gerais protocolou na sexta-feira (17) ação contra o governo estadual
por uma suposta fraude orçamentária nos gastos na área de saúde entre os anos
de 2003 e 2010, época em que o Estado era governado pelo atual senador e
candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB). Segundo a ação, o
governo promoveu uma maquiagem nas contas da área inserindo R$
1,3 bilhão em recursos da empresa estatal de saneamento, Copasa, para que fosse
atingido o percentual constitucional de 12% a ser investido na área. A
ação, segundo informa o jornal Folha de S. Paulo, foi proposta por três
promotores e pede o ressarcimento aos cofres públicos do montante desviado. Em
outra ação que tramita na Justiça mineira, o MP pede o ressarcimento deoutros R$
4,3 bilhões que deveriam ter sido investidos na saúde entre 2003 e 2008.
Somados, os valores se aproximam dos R$ 7,7 bilhões que a presidente Dilma
Rousseff (PT) tem dito na campanha que deixaram de ser investidos na saúde nas
gestões de Aécio. A promotora da área da Saúde do MP de Minas Gerais,
Josely Ramos, já havia proposto, também em 2010, uma ação de improbidade
administrativa contra Aécio, alegando que entre 2003 e 2008 mais de 50% dos
investimentos da saúde provinham de iniciativa da Copasa. A acusação se baseia
no fato de que o governo teria inserido investimentos em saneamento básico como
gastos na saúde. Uma auditoria revelou, no entanto, que a estatal não recebeu
verbas do Estado para a saúde. A própria estatal teria reconhecido, segundo a
ação. A ação de improbidade contra Aécio, porém, foi arquivada pelo
procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, André Bittencourt, sob alegação de
que Josely não teria legitimidade para processar um governador, atribuição
dele. A promotora recorreu alegando que, no segundo semestre de 2010, Aécio
havia deixado o governo, desincompatibilizando-se para disputar o Senado.
CNT/MDA aponta Dilma à frente de Aécio
Pesquisa
CNT/MDA divulgada na manhã desta segunda-feira 20 confirma o empate técnico
apontado nas mostras Datafolha e Ibope da semana passada, mas com a presidente
Dilma Rousseff (PT) numericamente à frente de Aécio Neves (PSDB). A candidata à
reeleição registrou 50,5% dos votos válidos, contra 49,5% do candidato tucano.
Esta foi a primeira pesquisa do instituto MDA no segundo turno, portanto não há
cenário de comparação com levantamentos anteriores. Contabilizando os votos
gerais, com brancos e nulos, a vantagem da petista é mesma: 45,5% das intenções
de voto a Dilma, ante 44,5% a Aécio Neves. A margem de erro da pesquisa é de
2,2 pontos percentuais. O instituto MDA realizou 2.002 entrevistas em 137
municípios de 25 estados no sábado 18 e no domingo 19, portanto antes do
terceiro debate presidencial, exibido pela TV Record na noite deste domingo. As
pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas na semana passada apontaram resultados
idênticos entre elas, com empate técnico entre Aécio (51%) e Dilma (49%), mas
com Aécio dois pontos à frente. O Datafolha divulga um novo levantamento nesta
segunda-feira 20, às 18h no site da Folha de S. Paulo.
Economistas veem PIB crescendo 0,27% neste ano
Economistas
de instituições financeiras fizeram poucas alterações em suas projeções sobre a
economia brasileira, voltando a reduzir ligeiramente a perspectiva de expansão
do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, segundo a pesquisa Focus do Banco
Central divulgada nesta segunda-feira. Com a atividade dando sinais recorrentes
de fragilidade, os analista consultados veem o PIB crescendo 0,27 por cento em
2014, contra 0,28 por cento na semana anterior, quando haviam interrompido 19
semanas seguidas de queda nas contas. Para 2015, a projeção de expansão foi
mantida em 1,0 por cento. A economia brasileira é um tema de destaque na
disputa presidencial entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Depois de
o país ter entrado em recessão técnica no primeiro semestre e em meio ao
cenário de inflação elevada, os eleitores irão às urnas neste domingo para o
segundo turno da eleição presidencial. Em relação à alta do IPCA, a perspectiva
para este ano permaneceu em 6,45 e para 2015, em 6,30 por cento, mostrou ainda
o Focus. A meta do governo é de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais
para mais ou menos. Depois de o IPCA ter chegado em 12 meses a 6,75 por cento
em setembro, o mercado aguarda agora a divulgação na terça-feira dos números de
outubro do IPCA-15. Os analistas consultados também mantiveram as projeções
para a Selic a 11 por cento neste ano e a 11,88 por cento em 2015.
Aécio perde batalha da verdade
Insistência do tucano em chamar de
"mentiras" fatos incontestáveis derrete sua própria credibilidade
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A frase atribuída ao nazista Joseph Goebbels -uma mentira repetida
mil vezes se transforma em verdade- tem sido a resposta preferida do candidato
Aécio Neves e sua equipe diante de críticas. O problema é quando a verdade,
repetida mil vezes, continua sendo verdade, sem contraponto ou contraditório
capaz de desmenti-la. O candidato tucano construiu uma pista de pouso em
propriedade familiar. A chave da mordomia ficava na mão de parentes, os quais,
aliás, ele empregou aos montes. Tudo documentado. Nenhum estudo, mesmo
fabricado às pressas, provou a necessidade da obra. Isso não é uma questão
íntima. É dinheiro público queimado para fins pessoais. Existe uma ação em
curso, por improbidade administrativa. É um fato, não depoimento selecionado de
delação desesperada, desculpe, premiada. O governo de Minas destinou uma gorda
fatia de publicidade para empresas de telecomunicações dos Neves. Nem o
candidato nega. É deselegante perguntar como o rapaz lida quando se encontram o
público e o privado? Cabe aos brasileiros descobrir o montante, pois envolve
gente disputando a Presidência. "Não registramos quanto foi gasto",
respondem o tucano e seu staff. Documentos do Tribunal de Contas de Minas
Gerais apontavam suspeitas de irregularidades no governo do atual senador. A capivara
foi citada durante um dos debates. Horas depois, a papelada desapareceu do site
oficial do tribunal, uma instância pública (!). Tomou Doril. Sumiu. E nada se
faz a respeito. O drible no bafômetro e outros momentos pouco edificantes da
rotina noturna do senador estão fartamente documentados na internet e imprensa
escrita. Não são montagem, assim como não é falso o stand-up daquele artista de
fim de noite que relacionou Maradona e Aécio quanto ao consumo de drogas. Hoje
o mesmo personagem posa de aecista desde criancinha. Mas nunca desmentiu a
performance. Balela a história de que trazer a público tudo isso é baixaria
etc, etc. Isso é falta de argumento de quem não tem resposta. Pense bem:
quantas vezes já não deparamos com indivíduos brilhantes (o que não é
propriamente o caso...), mas com uma trajetória errática, que seríamos
incapazes de indicar para uma função, mesmo menor, numa empresa? Não há nisso
preconceito nenhum; somente o desejo de saber qual é a pessoa certa para o
lugar certo. "Ah, mas e os programas, as propostas?", indagam os
puritanos habituais. Bem, todos conhecem o que pensam tanto Dilma quanto Aécio
e seu braço direito, Armínio Fraga. A primeira pelo que ela e seu partido
fizeram nos últimos tempos no Planalto. Aécio, pelo que ele e sua equipe
revelam em entrevistas e jantares. Coisas como corte de gastos sociais,
esvaziamento de bancos públicos, encolhimento de salários, facão nas empresas,
tarifaço, mudança nas leis trabalhistas e por aí vai. As tais medidas
impopulares. Para ele, sem isto o Brasil vai piorar. Acredite quem quiser. Com
a campanha perto do fim, supostas regras de etiqueta surgem para esconder o
essencial. Cortina de fumaça. Estão em jogo a vida e o futuro de milhões de
pessoas. Elas têm todo o direito de conhecer quem pretende ocupar o cargo mais
alto da República. Pesquisas são só pesquisas. A depender delas, o PT não teria
ganho no primeiro turno na Bahia e em Minas Gerais, Aécio não teria os votos
obtidos em São Paulo, e o PMDB estaria fora do segundo turno no Rio Grande do
Sul. A questão não é satanizar institutos. É dar aos seus levantamentos o peso
que merecem. Mais do que nunca, o primeiro turno mostrou que a palavra final é
do eleitor, não de pesquisados. Da mesma forma que é patética a tática de
carimbar como mentiras verdades inapagáveis, registradas em vídeo, áudio e
folhas de papel.
Lula diz que Aécio age como "filhinho de papai"
Os
embates entre a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff e o
adversário Aécio Neves (PSDB) continuam repercutindo e dando margens para novos
confrontos. Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Aécio é
"grosseiro" e possui "comportamento de filhinho de papai".
As críticas de Lula ao adversário tucano foram feitas neste sábado, em Belo
Horizonte (MG), quando ele participava de um ato de campanha ao lado da
presidente Dilma. "Nunca vi um cidadão faltar com respeito com uma
presidente como faz nosso opositor. Eu não tinha coragem de ser grosseiro
contra o Collor. Isso é comportamento de um filhinho de papai. Não sei se ele
teria coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse homem. Não é só
porque Dilma é mulher, mas porque ela é presidente desse País", disparou. Lula
afirmou, ainda, que Aécio às vezes age como um "fidalgo" e criticou o
tucano pelo desrespeito não apenas contra a presidente, mas também contra a
população mais pobre. "Se ele trata a presidente desse jeito, imagina se
ele encontrar uma pessoa na faixa, ou um catador. Isso é muito grave, porque as
pessoas se acham no direito de desrespeitar o outro e depois se fazer de
vítima. E é mais um motivo, uma razão para elegermos Dilma", disse. Lula
também condenou o fato de Aécio ter se recusado a fazer o teste do bafômetro
quando foi parado em uma blitz da Operação Lei Seca. "Bafômetro não é
medir carteira de motorista ou não. Bafômetro cheira álcool", disse. Ao
longo do seu discurso, Lula relembrou eleições passadas e disse que, muitas
vezes, os eleitores brasileiros cometem equívocos, como os da eleição de
"1989". "Esse País muitas vezes comete equívoco. Em 1989, o País
estava com medo de mim, mas também de Ulysses Guimarães, do Brizola, Mario
Covas. E esse medo era muitas vezes instigado pela imprensa. E no fim, o povo
escolheu Collor, presidente da República, dizendo que era o novo. E vocês sabem
o que aconteceu. Eu era muito radical na época, nem a barba aparava, fiquei
ofendido, mas ficar com medo de Ulysses, Brizola, que tinham história?",
disparou. "A imprensa brasileira está nas mãos da elite e não admite que
nenhum governante olhe para as pessoas mais pobres", completou. O
ex-presidente também atacou o comportamento de Aécio em relação às denúncias de
corrupção. "Ele se esqueceu que seu avô (Tancredo Neves) trabalhou no
governo de Vargas [Getúlio Vargas]e foi primeiro-ministro de João Goulart.
Aécio faz como a UDN: sabe fazer denúncias de corrupção dos outros e esconde o
seu rabo para ninguém saber", disparou.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
MÉDICO GAÚCHO A DILMA: "PROCURE UM CUBANO, FDP"
Intolerância pré-eleitoral cobre o Brasil de ódio; ontem, logo após a presidente Dilma se sentir mal, no debate do SBT, o médico gaúcho Milton Pires postou a seguinte mensagem no Facebook: "Tá se sentindo mal? A pressão baixou??? Chama um médico cubano, sua grande filha da puta!"; entre seus seguidores, urros pela agressão; um dos internautas disse que Dilma deveria buscar proteção da Lei Maria da Penha, depois de ter sido espancada; dias atrás, o alvo da violência foi o ator Gregório Duvivier; hoje, é a presidente Dilma; em artigo, colunista Breno Altman alerta para a ascensão de um neofascismo na sociedade brasileira, atiçado por meios de comunicação conservadores; médico intolerante tem sido defendido, na mídia brasileira, pelo extremista Augusto Nunes, de Veja.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Lula: quem não fez bafômetro pode governar?
Ex-presidente
questionou ontem, durante comício no Pará, a capacidade do candidato do PSDB,
Aécio Neves, de governar o País, e lembrou episódio vivenciado pelo tucano em
2011; "Ontem (terça) eu assisti o debate e ouvi o Aécio dizendo que tem
responsabilidade e competência pra governar o país. Como alguém que se recusa a
fazer o teste do bafômetro, por estar dirigindo bêbado, pode governar o país?",
perguntou Lula; petista comparou os anos de governo do PT com os do PSDB,
lembrando que "o PSDB só governava para um terço da população".
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Vox Populi: Dilma ultrapassa Aécio
A pesquisa Vox Populi,
divulgada nesta segunda-feira (13) pela TV Record, mostra a presidente Dilma
Rousseff (PT) com 45% dos votos totais contra 44% das intenções de voto do
tucano Aécio Neves. Os votos nulos e brancos são 5%. Os indecisos são 5%. No quadro
de votos válidos, Dilma tem 51% e Aécio tem 49%. A pesquisa ouviu 2 mil
pessoas em 147 cidades no final de semana. A margem de erro é de 2 pontos. O
nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) com o número BR-01079/2014. A última pesquisa Vox
Populi divulgada no primeiro turno, um dia antes da votação, mostrava Dilma com
46% contra 41% de Aécio. Em relação à sondagem anterior, a candidata do PT
havia variado dois pontos para baixo e o tucano, três pontos para cima.
Votos por regiões: O levantamento do Vox
Populi traz um recorte das intenções de voto pelas regiões do País. Aécio ganha
no Sul e Sudeste, e Dilma vai melhor no Nordeste. No Centro-Oeste e Norte, os
candidatos estão empatados. No Sul, o tucano tem
55% da preferência, contra 33% de Dilma — brancos/nulos são 4% e eleitores
indecisos, 7%. No Sudeste, Aécio tem 51%, contra 36% de Dilma — brancos/nulos
somam 7%, e eleitores indecisos são 6%. No Nordeste, Dilma tem
67% das intenções de voto, contra 26% do tucano. Os brancos e nulos na região
são 4%, e os eleitores indecisos totalizam 3%. No Centro-Oeste e Norte, ambos
os candidatos têm 45% das intenções de voto cada — brancos e nulos são 4%, e
indecisos somam 6%.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Caixa é condenada a indenizar patense por demora no atendimento
A Caixa Econômica Federal foi condenada a indenizar um advogado de Patos
de Minas em R$5.000,00 por danos morais. A justiça apurou que o advogado,
Manoel Almeida, teve de aguardar por mais de uma hora na fila da principal
agência da cidade, situada na Rua Major Gote, para ser atendido. O Juiz
Federal, Heleno Bicalho, entendeu que houve menosprezo da Caixa
Econômica. Da decisão cabe recurso. Manoel Almeida foi até a
agência da Caixa Econômica em 2009 e acabou tendo que aguardar por mais de uma
hora na fila, sendo que a legislação municipal determina que o tempo máximo de
espera em dias normais é de apenas 15 minutos. Diante do tempo excessivo
de espera, o juiz entendeu que houve o dano e a Caixa Econômica deveria
reparar. O Juiz fundamentou que o tempo de espera excessivo em fila de
banco é passível de indenização. “... É patente que o tempo de espera
em fila para atendimento em instituição bancária que extrapola, em
demasia, o limite definido por lei municipal é fato de causar incertezas,
profundo desgaste físico e emocional, bem como afetar a honra subjetiva
da pessoa, e consequentemente, atingir direito imaterial, gerando dano
moral”, argumentou. Segundo Manoel Almeida, não foi só uma vez que ele foi
obrigado a esperar tanto tempo na fila. "O abuso era reiterado, a espera
na fila já começava do lado de fora da Caixa e anos depois a agência continua
um caos". "A legislação diz que os bancos devem atender em até 15
minutos, e nenhum deles, seja público ou privado, está acima da lei",
ressaltou o advogado.
Tereza Cruvinel: "Delação foi programada para o período eleitoral"
"O acordo de delação premiada com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef foi firmado antes do primeiro turno, mas os depoimentos foram programados para acontecerem logo depois. O Juiz (Sérgio Moro) e os procuradores que o conduzem sabem o que estão fazendo", afirma Tereza Cruvinel, colunista do 247; jornalista ressalta que "a alternância no poder é salutar para a democracia, mas não pela criação de fatos destinados a afetar o resultado eleitoral"; Youssef e Costa não apresentaram provas do que disseram, mas jogaram uma bomba de alta potência sobre a campanha eleitoral, diz ela; leia a íntegra.
Os depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, em acordo de delação premiada, vêm sendo agendados de forma que atinjam a disputa eleitoral, afirma Tereza Cruvinel, em nova coluna em seu blog no 247. A jornalista ressalta que "a alternância no poder é salutar para a democracia, mas não pela criação de fatos destinados a afetar o resultado eleitoral".
"Há uma sincronia entre as investigações das irregularidades na Petrobrás e a eleição presidencial em curso, que lembra a sintonia entre o julgamento dos réus do mensalão pelo STF e as eleições municipais de 2012. O acordo de delação premiada com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef foi firmado antes do primeiro turno, mas os depoimentos foram programados para acontecerem logo depois. O Juiz e os procuradores que o conduzem sabem o que estão fazendo", diz Tereza.
Segunda a colunista, é por isso que toma-se o cuidado de não serem divulgados na imprensa nomes de autoridades com cargo eletivo porque o caso, então, seria encaminhado para o Supremo Tribunal Federal, onde o presidente, Ricardo Lewandowski, "não transigiria com as formalidades legais e rituais, evitando que os procedimentos judiciais ganhassem conotação eleitoral". "O alvo agora é o PT e a reeleição de Dilma Rousseff. E para isso, é bom que o processo continue na primeira instância", constata a colunista.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Lamentável: Blog de Rui Côrtes e Flávio Souza pode sair do ar
Conforme anunciado na página virtual,
o blog entrefatoseboatosmg pode sair do ar. Seus fundadores Rui Côrtes e Flávio
Souza não evidenciaram o motivo principal da decisão. Será uma grande perca para, principalmente, os que observam a política local e seus desdobramentos, tão
comentados pelos Posts dos dois renomados escritores vazantinos.
Diz a nota:
"Como não se emocionar com cada
palavra, cada observação? Como não admitir fortes empolgações com elogios
contagiantes? Como não se motivar com as críticas, que tanto nos estimula a
fazer melhor? Como não se apaixonar por essa coisa fascinante que é, com a
liberdade que temos, externar nosso ponto de vista de maneira democrática e
isenta?
Assim, durante esses três meses que o
blog Entre Fatos e Boatos esteve no ar, tivemos a impagável
satisfação de ter você como o melhor leitor do mundo, independentemente de sua
ideologia e visão a respeito dessa página. Afinal, de alguma forma, você nos
presenteou com cada vista. Nesse curto período, foram quase 12 mil
visualizações, mesmo com a escassez de publicações, devido a falta de tempo ou
inspiração.
Obrigado a cada tempo vivido com todos
vocês, reais motivos de escrevermos. Obrigado aos entrevistados que foram tão
gentis conosco. Obrigado aos apoiadores, moralmente falando; obrigado às
críticas...
Nos próximos dias, estaremos fechando
as cortinas. O referido blog deixará de existir. Não é um adeus, um ponto
final. Talvez, um até breve, uma vírgula, na certeza que um dia, mesmo que seja
em termos virtuais, encontraremos por aí.
Abraços!"
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