A
economia brasileira acelerou o ritmo de crescimento em setembro para fechar o
terceiro trimestre no azul, mostrou o Banco Central nesta segunda-feira, numa
indicação de que o país deve ter saído da recessão técnica. O Índice de
Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado espécie de sinalizador do
Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,59 por cento entre julho e setembro
sobre o segundo trimestre, quando houve queda de 0,79 por cento sobre
janeiro-março. Só em setembro, o indicador subiu 0,40 por cento sobre agosto,
quando havia subido 0,20 por cento sobre o mês anterior. O resultado de
setembro veio acima do esperado pelo economistas consultados pela Reuters, cuja
mediana apontava para alta de 0,14 por cento. No primeiro semestre deste ano, a
economia brasileira entrou em recessão, levando os agentes econômicos a
piorarem suas projeções. Pesquisa Focus do BC mostrou que, pela mediana das
contas, o PIB crescerá 0,21 por cento neste ano, muito aquém da expansão de 2,5
por cento de 2013. O cenário de fraco crescimento vem junto com o de inflação
elevada, que levou o BC a iniciar um novo ciclo de aperto monetário no final do
mês passado. O IBC-Br também mostra estagnação no acumulado do ano até
setembro, com ligeira alta de 0,01 por cento, sendo que em 12 meses, tem alta
de 0,60 por cento. Apesar dos melhores números trazidos pelo indicador, a
economia brasileira não consegue mostrar sinais mais consistentes de
aceleração. Em setembro, a produção industrial interrompeu dois meses seguidos
de alta, ao mesmo tempo em que o varejo desacelerava a expansão. O IBC-Br
incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia:
serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.
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