O candidato ao
governo de Minas pelo PT Fernando Pimentel (PT) defendeu, nesta quinta-feira
(18), o aumento salarial para professores como a primeira medida a ser tomada
para implantar a proposta de efetivar o tempo integral nas escolas estaduais.
Segundo o petista, "quem prometer escola integral ou qualquer outra
promessa na área da educação, sem corrigir o salário dos professores, está
vendendo ilusão". O postulante também rebateu as acusações de membros do
PSDB que acusaram o petista de ter feito nada por Minas Gerais quando era
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no governo da atual
presidente da República, Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. "É
conversa fiada de quem não tem o que dizer. De quem não tem proposta para Minas
Gerais", disparou. Ao defender maior
remuneração aos professores, Pimentel disse que em Minas Gerais é pago "o
pior salário do Brasil para seus professores estaduais". "Então
começa por aí, valorizar e recuperar a carreira do professor, valorizar o magistério
e depois vamos discutir a escola em tempo integral", disse Pimentel em
entrevista ao programa MG no Ar, da Tv Record. O ex-ministro,
líder nas intenções de voto, prometeu implementar o modelo "Escola
Integrada", criado na época em que foi prefeito de Belo Horizonte
(2002-2009). "Nós temos um modelo que chama Escola Integrada porque é uma
transição entre a escola atual e o tempo integral. O tempo integral custa muito
caro. Quem prometer não vai conseguir cumprir de cara", disse. O petista continua
seu raciocínio dizendo que, por consequência do alto custoda escola com tempo
integral, "a escola integrada usa os equipamentos da comunidade e cede
espaços para atividades que são feitas por monitores universitários".
"No contraturno, o aluno tem atividades, aulas de reforço, aula de
idiomas, aula de esportes. E isso preenche o tempo de uma maneira didática,
pedagógica e que, na verdade, ocupa o espaço que seria da escola
integral", disse. Saúde e Segurança - Para melhorar a
qualidade do sistema de saúde no estado, Pimentel disse que pretende investir
em hospitais filantrópicos e nos centros de especialidades médicas. De acordo
com ele, "a rede de hospitais filantrópicos é que sustenta hoje o
atendimento do SUS [Sistema Único de Saúde] no Estado inteiro. A Santa Casa de
Belo Horizonte é o maior hospital do SUS de Minas e também está passando por
dificuldades". "Então, nós
vamos dar todo apoio à esses hospitais. O que faltou nesses 12 anosdo governo
dos tucanos, que abandonaram os hospitais filantrópicos. E também vamos criar
os centros de especialidades médicas como fizemos em Belo Horizonte, para
atender bem em todas as regiões do Estado", afirmou. Na área de
segurança pública, o candidato quer implementar o programa Polícia Presente,
que consiste no aumento do efetivo da polícia nas ruas. O petista disse achar a
violência um dos piores problemas de Minas. "Hoje nós
temos a Polícia Militar com o efetivo muito menor do que o necessário e também
desequipada. E a Polícia Civil está desmotivada, com a carreira desestruturada.
Esse conjunto está transformando Minas em um Estado inseguro", declarou.
"Eu quero instituir o programa Polícia Presente. O cidadão vai ver a
polícia porque ela vai estar presente. Vai aumentar o efetivo e os crimes vão
ser investigados", acrescentou. Rebate a críticas Pimentel também
rebateu as acusações de membros do PSDB que acusaram o petista de ter feito
nada por Minas Gerais quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior no governo da atual presidente da República, Dilma Rousseff
(PT), candidata à reeleição. "É conversa fiada de quem não tem o que
dizer. De quem não tem proposta para Minas Gerais", disparou. Ele geriu a
pasta de janeiro de 2011 a fevereiro de 2014. Segundo o petista,
"a Fiat foi para a Bahia porque no seu projeto de expansão precisava de um
local com um porto à beira do mar. Jamais iria sediar em Minas porque ela já
tem uma grande fábrica aqui. O pólo petroquímico que eles alegam que foi para
Bahia, já estava acordado há muito tempo de ir pra lá". "Eles precisam
explicar porque as empresas estão saindo de Minas Gerais. Com essa tributação
absurda, com esse ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que
é o mais caro do Brasil. Eles não querem debater Minas Gerais, querem debater
outras coisas", complementou. Conforme pesquisa
Ibope, divulgada na terça-feira (16), Pimentel segue liderando as intenções de
voto, com 43% do eleitorado, seguido pelo ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB),
com 23%. Em terceiro lugar aparece o ex-deputado federal Tarcísio Delgado
(PSB), com 3%. Na quarta colocação está Fidélis, do PSOL (2%). Os candidatos
Eduardo Ferreira (PSDC) e Professores Túlio Lopes (PCB) somaram 1% cada. Cleide
Donária (PCO) cravou 0%. Brancos e nulos, 10%, e não sabe, 17%.
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