Depois
de suprir 100% da demanda apresentada pelos municípios que aderiram ao programa
Mais Médicos, o governo federal anunciou nesta quinta uma nova etapa do
projeto. Quatro novos cursos de medicina foram autorizados para cidades
mineiras e outros 35, para o resto do país, com o
objetivo de ampliar a oferta de vagas e o número de doutores no mercado.
Durante evento em Brasília com os ministros da Educação, Henrique Paim, e da
Saúde, Arthur Chioro, uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) também foi divulgada e mostrou que 95% dos usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS) estão satisfeitos com o programa. Em Minas, Contagem, Sete
Lagoas, Poços de Caldas e Passos foram as cidades escolhidas para receberem as
graduações. Todas têm mais de 70 mil habitantes e ainda não têm esse curso
superior. Elas foram escolhidas por oferecem uma boa estrutura na rede de saúde
local e pela capacidade de abrir residência médica para estudantes. Pelo menos
2.000 novas vagas deverão ser ofertadas nos 39 municípios beneficiados em todo
o Brasil. Críticos do Mais
Médicos, representantes de entidades de classe afirmam que a ampliação dos
cursos deve vir acompanhada de um maior controle da qualidade de ensino. Segundo
o Ministério da Saúde, as universidades particulares que assumirão os cursos
serão escolhidas por meio de licitação. Entretanto, o lançamento do edital da
concorrência e o início das graduações ainda não têm data para acontecer. Diretora
da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Maria Aparecida Braga diz que,
sozinha, a ampliação dos cursos não conseguirá resolver a má distribuição de
profissionais. Ela destaca a necessidade de um plano de carreira para
incentivar os médicos a permanecerem no interior e não somente nos grandes
centros. “É preciso dar condições para o profissional. Só colocar o médico no
mercado não vai resolver o problema”, informou, ressaltando a importância de o
governo federal e de entidades como a AMMG e os Conselhos Regionais de Medicina
(CRM) fazerem o controle mais rígido da qualidade do ensino. Outras sete
cidades do Estado beneficiadas anteriormente terão prazo de seis meses para
fazer adequações recomendadas para a rede pública de saúde e, assim, receber as
habilitações, como Muriaé, na Zona da Mata.
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