Os
auditores que fazem uma devassa na antiga gestão tucana em Minas Gerais estão
descobrindo vários esqueletos. Um deles foi divulgado pelo blog do jornalista Helcio
Zolini, que é diretor da Rede Record, em Minas Gerais.
Trata-se da compra de 3,5 mil tablets no apagar das luzes do governo do senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG), que deveriam ter sido entregues a professores da
UFMG, mas hoje mofam num depósito próximo à cidade adminstrativa. Os
equipamentos custaram R$ 2,3 milhões ao governo mineiro e foram comprados pela
Fundação Renato Azeredo, que leva o nome do pai do ex-governador Eduardo
Azeredo, réu no chamado mensalão tucano.
Leia,
abaixo, a postagem de Zolini:
Governo
tucano em MG comprou 3,5 mil tablets para escolas, mas não entregou. Aparelhos
mofam há um ano em depósito particular - Por Helcio
Zolini
Um total de 3,5 mil tablets
comprados pelo governo mineiro no apagar das luzes da gestão Antonio Anastasia
(PSDB), que deveriam ter sido distribuídos a professores da rede de ensino
superior, estão abandonados num galpão particular próximo à Cidade
Administrativa, em Vespasiano. As compras foram feitas há praticamente um ano,
no dia 4 de abril (data da desincompatibilização de Anastasia e da entrada de
seu sucessor Alberto Pinto Coelho), e custaram ao caixa do estado R$ 2,3
milhões. Só com aluguel do galpão, onde as 350 caixas contendo os tablets estão
armazenadas, o governo estadual já gastou R$ 4.680,00. Além do desleixo com o
dinheiro do contribuinte e da falta de comprometimento com o ensino público,
chama a atenção também o fato das compras terem sido feitas por intermédio da
Fundação Renato Azeredo. A instituição leva o nome do pai do ex-senador Eduardo
Azeredo (PSDB) e foi fundada quando ele, Eduardo, era governador do Estado.
Desde então, se transformou numa espécie de faz-tudo nos governo tucanos,
contratando pessoal, recebendo recursos, realizando compras etc, o que chamou a
atenção do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que abriu várias
investigações, com suspeitas de superfaturamento e outras irregularidades. Os
aparelhos abandonados são da marca Samsung, modelo Galaxy 3 e deveriam ter sido
entregues à Unimontes, Universidade Estado de Minas Gerais (UEMG), Hidroex e
algumas fundações. Oficialmente ninguém da gestão passada explicou o motivo
para o abandono dos tablets, que já estão com suas garantias praticamente
expiradas. Não foi explicado também a razão de eles estarem numa área
particular muito menos o motivo que levou a administração da época fazer a
compra com a intermediação da Fundação Eduardo Azeredo. O caso veio à tona
durante a auditoria encomendada pelo atual governador, Fernando Pimentel (PT),
destinada a verificar a real situação do Estado que recebeu das mãos de seus
antecessores do PSDB, Aécio Neves e Anastasia, e de Alberto Pinto Coelho (PP). A
assessoria de Pimentel informou que os tablets serão distribuídos rapidamente
para os professores da rede estadual de ensino. Segundo o Blog apurou,
este é apenas um dos vários esqueletos descobertos em decorrência do trabalho
realizado pelos auditores. Os resultados serviram de base para o
"Diagnóstico do Estado" que será apresentado ao público na próxima
segunda-feira (6) pelo próprio governador.
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