Belo Horizonte está
oficialmente confirmada como uma das cidades-sede do futebol durante os Jogos
Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O torneio será disputado em outras cinco
cidades, além de Belo Horizonte: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Manaus e
Brasília.
A
confirmação das sedes da competição ocorreu nesta segunda-feira (16/3), após
reunião do Comitê Olímpico da Federação Internacional de Futebol (Fifa), em
Zurique, na Suíça. Único esporte com disputas fora do Rio de Janeiro, o futebol
vai espalhar o espírito Olímpico pelo país com a realização de 58 partidas em
diferentes regiões. Ao todo, 16 países vão disputar o torneio masculino e 12, o
feminino.
Durante
o encontro, também foi definido que as partidas do futebol serão disputadas nos
seguintes estádios: Mineirão (MG); Maracanã e Estádio Olímpico - Engenhão (RJ);
Arena Corinthians (SP); Arena Fonte Nova (BA); Arena Amazônia (AM); e Estádio
Mané Garrincha (DF). Foram confirmadas, ainda, duas seleções da América do Sul
com presenças já garantidas na competição masculina: o Brasil, como país
anfitrião, e a Argentina, campeã do Sul-americano Sub-20.
No
feminino, o Brasil, como país-sede, e a Colômbia, vice-campeã da Copa América
2014, também carimbaram seus passaportes. As outras vagas serão definidas por
meio de torneios classificatórios continentais até abril de 2016. As delegações
da Grã-Bretanha e da Irlanda confirmaram Belo Horizonte e Uberlândia,
respectivamente, como locais de preparação.
Minas
Gerais possui 16 centros de treinamentos habilitados em nove cidades. Para os
jogos oficiais, o estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG), construído em
1965 e regularmente utilizado para grandes competições nacionais e
internacionais de futebol, poderá receber 69.900 torcedores assentados.
O Governo de Minas, conforme já anunciado na assinatura do
contrato pelo governador Fernando
Pimentel e pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do
Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Carlos Arthur
Nuzman, no dia 9 de fevereiro, no Palácio Tiradentes, irá nomear representante
oficial do Estado para conduzir o processo e formar um grupo de trabalho
destinado ao planejamento e à condução das futuras operações do torneio.
Regulamento
No futebol Olímpico masculino as 16 seleções serão divididas em
grupos de quatro, e a competição será disputada por jogadores de até 23 anos,
com exceção de três atletas sem limite de idade em cada
equipe. Classificarão para a fase seguinte as duas melhores de cada grupo,
e as fases de quartas-de-final, semifinais e finais serão disputadas em playoffs (mata-mata).
O torneio começa no dia 4 de agosto – um dia antes da abertura oficial dos
Jogos. A luta direta por medalhas acontecerá no dia 20 de agosto, no Maracanã.
No feminino, não há restrição de idade e as 12 seleções serão
divididas em três grupos de quatro. Passarão à fase seguinte as duas melhores
de cada grupo e as duas melhores terceiras colocadas. As oito classificadas se
habilitam para seguir adiante nas quartas-de-final, depois semifinais e finais
em regime de playoffs.
A competição começa no dia 3 de agosto – dois dias antes da
cerimônia de abertura. O campeão será conhecido no dia 19 de agosto, no
Maracanã.
Em
17 dias corridos o público brasileiro poderá acompanhar 42 categorias de
esportes como atletismo, hipismo, ginástica artística, esgrima, judô,
basquetebol, entre outros. Serão 306 provas com medalhas, sendo 161 masculinas,
131 femininas e 9 modalidades mistas, com cerca de 10.500 atletas de 250
países. Estão sendo vendidos 7,5 milhões de ingressos para o megaevento
olímpico.
Impacto na economia
Com
base nos números e dados da Copa do Mundo, é possível ter ideia de como
será a movimentação econômica e de turismo em Belo Horizonte e no país durante
os Jogos Olímpicos de 2016. O visitante que veio à capital mineira participar
da Copa do Mundo gastou, em média, R$ 1.268,72, valor 35,3% maior do que o registrado
no mesmo período em 2013.
Estima-se
que, aproximadamente, 355 mil pessoas visitaram Belo Horizonte durante o
Mundial, gerando uma receita direta de R$ 451,3 milhões. Já a receita indireta
impulsionada pelo evento está estimada em R$ 1,6 bilhão para o setor de
comércio e serviços da cidade.
Os
dados preliminares fazem parte da pesquisa em andamento da Secretaria de Estado
de Turismo e Esportes (Setes), feita com apoio da Belotur e do curso de Turismo
da UFMG, com 1.116 pessoas. Esta amostragem representa 40% dos entrevistados,
com margem de erro de 3%, de um total de 2.800 pessoas. Dos 355 mil visitantes,
57% são estrangeiros e 43% brasileiros.
Hotéis
e pousadas (46%), albergues (20%) e casa de amigos e parentes (19%) foram os
meios de hospedagem mais utilizados pelos visitantes durante a estada em Belo
Horizonte. O maior crescimento foi observado nos albergues, que no mesmo
período do ano passado representavam apenas 1,3%.
Os
visitantes permaneceram, em média, 6,7 dias na capital, revelando aumento de
36,7% com relação ao mesmo período no ano anterior. Trinta e dois por cento
visitaram outros municípios do Estado durante a Copa do Mundo, permanecendo
mais 5,3 dias, em média, em Minas Gerais.
Jeito mineiro faz sucesso
A
hospitalidade destacou-se como o item mais bem apreciado no universo consultado
pela Setes e parceiros, seguido pela gastronomia, serviços de bares e
restaurantes e serviços de hospedagem. Setenta e sete por cento deles
experimentaram a gastronomia mineira durante a estada, com destaque para o
feijão tropeiro (41%) e o pão de queijo (32%).
Para
os 58% dos entrevistados que visitaram mais de uma cidade-sede durante a Copa
do Mundo, 31% afirmaram que Belo Horizonte foi a capital melhor preparada para
o evento, seguida pelo Rio de Janeiro (25%) e Fortaleza (12%).
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