sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Três Marias prende água na represa e provoca crise



O Ministério Público Federal (MPF) investiga a redução no volume de água do rio São Francisco feita pela represa hidrelétrica de Três Marias e as consequências da decisão para os municípios ribeirinhos no Norte de Minas. Com a redução, que teria sido de 500 para 150 mil litros por segundo, a produção agrícola caiu mais de 80%, e Pirapora teve que atracar a principal atração turística: o vapor Benjamim Guimarães. De acordo com o MPF em Sete Lagoas, o reservatório integra a Bacia Hidrográfica do São Francisco, que abrange sete estados e 540 municípios, sendo 240 deles em Minas, responsável por 72% do volume de água superficial que verte para o rio. Mas, neste ano, a estiagem acima da média histórica vem acarretando o comprometimento da vazão do rio, com redução do volume hídrico do reservatório da hidrelétrica e redução progressiva da quantidade de água liberada pela represa. Os impactos atingem várias atividades da região do lago, algumas essenciais para a população e economia locais, como a captação de água para abastecer núcleos urbanos, irrigação, indústria, circulação de balsas, atividades turísticas, geração de energia elétrica e aquicultura. Populações das cidades abaixo do lago também enfrentam dificuldades. A prefeitura de Pirapora chegou a ajuizar uma ação para garantir, durante dois meses, um nível de vazão mínimo vertendo da represa até que fosse implantado o sistema de bombeamento para atender ao seu sistema de captação de água.

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