sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Decisão de vereadores pode paralisar obras em Lagoa Grande


Lagoa Grande vive uma situação atípica a da maioria dos municípios da região, que enfrentam combalidos a falta de recursos para a realização de obras. Graças ao empenho da atual administração, o município teve a felicidade de ser contemplado com quase R$ 5 milhões em verbas federais, já empenhadas, para execução de nove obras. Todos os projetos estão aprovados e licitados, e a maioria das obras já foram iniciadas pela Prefeitura de Lagoa Grande. Os projetos envolvem a revitalização do canteiro central da Avenida Santos Dumont, asfaltamento de vias nos bairros Planalto, Céu Azul, Brejinho, no conjunto residencial da COHAB e na área central; urbanização da Praça da Matriz, além da ampliação e modernização do Estádio Municipal, a retomada da obra da escola Pró-Infância, e as construções de uma escola para 400 alunos do ensino fundamental, da Academia de Saúde, do Galpão do Produtor para a Feira Livre e de uma nova Unidade Básica de Saúde. A continuidade dessas obras, porém, está ameaçada por uma decisão inesperada da Câmara Municipal de Lagoa Grande que reduziu drasticamente o valor de uma suplementação orçamentária requerida pelo Executivo Municipal, medida prevista na legislação e usada normalmente por todos os prefeitos. A maioria dos vereadores aprovou uma emenda baixando a suplementação de 33% para apenas 4%, valor insuficiente para cobrir os investi mentos necessários nas referidas obras. Vale lembrar que Lagoa Grande tem uma previsão orçamentária de R$ 20 milhões para 2014, mas a média da receita anual do município não passa de R$ 16 milhões, sendo necessário conciliar o orçamento municipal com o aumento dos investimentos administrativos. Mais do que colocar em risco o andamento das obras, a decisão dos vereadores colocaram as finanças da administração refém da Câmara Municipal, comprometendo inclusive o pagamento de fornecedores e até da folha de salários. Se persistir tal situação, o Executivo Municipal dependerá todos os meses da autorização dos vereadores para concessão da suplementação orçamentária, fato que já provocou atraso no último vencimento dos servidores municipais. Os funcionários da Prefeitura de Lagoa Grande vinham recebendo seus salários rigorosamente até o final de cada mês, mas o pagamento de junho só foi depositado no dia 15 de julho, o que infelizmente poderá se repetir nos próximos meses. Além disso, a possibilidade de paralisação das obras também representa uma séria ameaça de desemprego e a conseqüente perda de renda para cerca de 70 operários das empreiteiras que executam esses projetos, com reflexos negativos na economia do município. Diante deste quadro incompreensível, tem duas perguntas que não querem calar: Parar por quê? Porque parar? 

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