Lagoa Grande vive uma
situação atípica a da maioria dos municípios da região, que enfrentam
combalidos a falta de recursos para a realização de obras. Graças ao empenho da
atual administração, o município teve a felicidade de ser contemplado com quase
R$ 5 milhões em verbas federais, já empenhadas, para execução de nove obras.
Todos os projetos estão aprovados e licitados, e a maioria das obras já foram
iniciadas pela Prefeitura de Lagoa Grande. Os projetos envolvem a revitalização
do canteiro central da Avenida Santos Dumont, asfaltamento de vias nos bairros
Planalto, Céu Azul, Brejinho, no conjunto residencial da COHAB e na área
central; urbanização da Praça da Matriz, além da ampliação e modernização do
Estádio Municipal, a retomada da obra da escola Pró-Infância, e as construções
de uma escola para 400 alunos do ensino fundamental, da Academia de Saúde, do
Galpão do Produtor para a Feira Livre e de uma nova Unidade Básica de Saúde. A continuidade dessas obras, porém,
está ameaçada por uma decisão inesperada da Câmara Municipal de Lagoa Grande
que reduziu drasticamente o valor de uma suplementação orçamentária requerida
pelo Executivo Municipal, medida prevista na legislação e usada normalmente por
todos os prefeitos. A maioria dos vereadores aprovou uma emenda baixando a
suplementação de 33% para apenas 4%, valor insuficiente para cobrir os investi
mentos
necessários nas referidas obras. Vale lembrar que Lagoa Grande tem uma
previsão orçamentária de R$ 20 milhões para 2014, mas a média da receita anual
do município não passa de R$ 16 milhões, sendo necessário conciliar o orçamento
municipal com o aumento dos investimentos administrativos. Mais
do que colocar em risco o andamento das obras, a decisão dos vereadores
colocaram as finanças da administração refém da Câmara Municipal, comprometendo
inclusive o pagamento de fornecedores e até da folha de salários. Se persistir
tal situação, o Executivo Municipal dependerá todos os meses da autorização dos
vereadores para concessão da suplementação orçamentária, fato que já provocou
atraso no último vencimento dos servidores municipais. Os funcionários da
Prefeitura de Lagoa Grande vinham recebendo seus salários rigorosamente até o
final de cada mês, mas o pagamento de junho só foi depositado no dia 15 de
julho, o que infelizmente poderá se repetir nos próximos meses. Além disso, a
possibilidade de paralisação das obras também representa uma séria ameaça de
desemprego e a conseqüente perda de renda para cerca de 70 operários das
empreiteiras que executam esses projetos, com reflexos negativos na economia do
município. Diante deste quadro incompreensível, tem duas perguntas que não
querem calar: Parar por quê? Porque parar?
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