A ex-secretária municipal de Educação Elizabeth Maria Silveira
(Betinha) afirmou que não sabe o motivo concreto pelo qual o prefeito José
Benedito a exonerou do cargo no dia 14/08.
Em recente
entrevista a imprensa local, ela disse que foi exonerada sem qualquer
justificativa plausível após regressar de uma viagem a Uberlândia, onde se
encontrava a serviço no exercício da sua função. “Eu não estava preparada pra
isso. Foi uma surpresa desagradável.”, desabafou.
Na entrevista,
Betinha revelou que o próprio prefeito foi à Brasília, onde ela residia e
trabalhava, para lhe oferecer o cargo e convencê-la a retornar para Vazante.
“Eu estava muito bem lá, mas como sou apaixonada por educação, pensei em servir
a cidade onde eu nasci.”, reclamou, agradecendo ironicamente o prefeito por
deixá-la desempregada.
Segundo a ex-secretária, ela fez questão de procurar pessoalmente
o prefeito para saber o real motivo da sua exoneração e ele teria simplesmente
alegado a necessidade de conter gastos.
A saída de Betinha
expõe algumas das contradições políticas e administrativas envolvendo as
constantes exonerações promovidas pelo prefeito José Benedito, principalmente
considerando sua recente filiação ao PSB, partido que teve três secretários
exonerados do seu governo.
No mesmo dia em que
Betinha foi exonerada, o prefeito também exonerou a secretária municipal da
Fazenda Cleuza Antônia de Souza, mas, por motivo ignorado, voltou atrás e a
manteve na prefeitura.
A própria Betinha
acha que o mesmo não acontecerá com ela, mas admitiu que se o prefeito a
chamasse de volta aceitaria reassumir o cargo. Ela também declarou que
permanecerá na cidade “para contribuir com a política de Vazante nas próximas
eleições, a começar pela mudança da cara da Câmara Municipal”, insinuando que
pode ser candidata a vereadora no próximo pleito.
Quem
ouviu a entrevista da ex-secretária pode ter tido a sensação de que, em tudo
neste caso, ficou o dito pelo não dito.
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