quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Usiminas tem prejuízo de R$ 117 milhões no 4º trimestre

A Usiminas divulgou nesta quarta-feira um segundo resultado trimestral negativo seguido, impactado por forte queda na demanda doméstica por aço e pela desvalorização cambial. A Usiminas havia suspendido a divulgação dos números na sexta-feira passada, após o Conselho de Administração da empresa, maior produtora de aços planos do país, se posicionar contra a divulgação do balanço, apesar de avais emitidos por auditor externo e comitês de auditoria e fiscal.
Segundo a companhia, a divulgação do resultado nesta quarta-feira ocorreu por maioria de votos, já que o conselheiro Marcelo Gasparino da Silva, foi contra. A Usiminas vive desde o ano passado uma guerra entre os grupos Nippon Steel e Ternium-Techint pelo controle da gestão da companhia. A siderúrgica teve prejuízo líquido de 117 milhões de reais no quarto trimestre, ante lucro de 47 milhões na mesma etapa de 2013. No trimestre de julho a setembro, marcado pela demissão de seu presidente e de mais dois altos executivos, a empresa teve resultado negativo de 24 milhões de reais. A empresa teve lucro de 208 milhões de reais em 2014, ante lucro de 17 milhões em 2013. Além do balanço, o Conselho também aprovou por maioria a proposta de dividendos a acionistas. Não ficou imediatamente claro o teor da proposta. A empresa responderá dúvidas de investidores e analistas na sexta-feira.
A companhia teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 301,8 milhões de reais no trimestre, queda de 41 por cento sobre um ano antes. A margem no período caiu de 16 para 12 por cento. As vendas de aço da siderúrgica caíram cerca de 16 por cento sobre o quarto trimestre de 2013 e 11 por cento ante o trimestre imediatamente anterior, para 1,25 milhão de toneladas. As vendas de minério de ferro caíram quase à metade sobre um ano antes e 6 por cento ante o terceiro trimestre, a 1,16 milhão de toneladas. A relação de endividamento da Usiminas, considerada como dívida líquida sobre Ebitda, piorou de um ano para o outro, saindo de 1,9 vez para 2,1 vezes ao final de 2014. Apesar do resultado, as ações preferenciais da companhia subiam 4,2 por cento às 13h17, enquanto o Ibovespa avançava 1,7 por cento no mesmo horário.


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